Recife - Depois de se engajar nas campanhas do governador eleito por Pernambuco, Paulo C�mara (PSB), de Marina Silva (PSB) e de A�cio Neves (PSDB), no primeiro e segundo turnos da elei��o presidencial, o filho de Eduardo Campos, o estudante Jo�o Campos, 20 anos, inicia sua trajet�ria partid�ria: ele foi eleito na noite dessa ter�a-feira, 28, secret�rio de Organiza��o da Executiva do PSB pernambucano.
Jo�o Campos frisou que o legado pol�tico do seu bisav� Miguel Arraes (1916-2005) e do seu pai, Eduardo Campos, morto em um acidente a�reo, em agosto, em plena campanha presidencial, n�o pertence a uma pessoa nem a uma fam�lia. "Este legado � do povo", disse. Jo�o Campos considerou estas elei��es vitoriosas com a elei��o do novo governador de Pernambuco, Paulo C�mara, do senador Fernando Bezerra Coelho, de oito deputados federais e de 15 deputados estaduais socialistas, apesar das dificuldades e perdas enfrentadas.
"Este foi um ano muito dif�cil, perdemos em menos de um m�s o presidente e l�der do nosso partido, Eduardo Campos, e um outro l�der e presidente de honra, Ariano Suassuna", discursou ele, na reuni�o que oficializou a nova diretoria partid�ria, em um hotel na zona sul do Recife.
A primeira tentativa de Jo�o Campos ingressar na vida pol�tico-partid�ria ocorreu no ano passado, quando seu nome surgiu como op��o para comandar a Juventude Socialista. A vereadora pelo Recife e prima, Mar�lia Arraes, se indignou porque disputava o cargo e considerou atitude antidemocr�tica e centralizadora do partido e de Eduardo Campos de indicar o filho.
Diante do conflito interno criado, o rapaz desistiu e Mar�lia passou a dissidente do partido. Apoiou, nesta elei��o, os candidatos do PT, no n�vel estadual e nacional.
Presidente estadual reeleito, Sileno Guedes observou que a nova executiva s� tem tr�s mudan�as em rela��o � forma��o anterior. Para ele, o grande desafio da nova executiva ser� "garantir a unidade de a��o e de discurso" e o crescimento partid�rio.
Guedes defende que o partido, na esfera nacional, deve ter a capacidade de manter sua identidade no campo da esquerda e ao lado dos movimentos sociais. "A gente n�o pode fazer qualquer movimento que comprometa nossa hist�ria".
Em rela��o a Mar�lia Arraes, Guedes disse que a postura do partido � de "indiferen�a". "� uma opini�o isolada (a dela), fruto de uma frustra��o pessoal, deixa ela em paz", afirmou, ao descartar qualquer processo de expuls�o da vereadora do partido.