O l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR), afirmou nesta quarta-feira ter apresentado um requerimento de quebra dos sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico da ag�ncia de publicidade Muranno Marketing/Brasil. Reportagem publicada hoje relata que o dono da ag�ncia, Ricardo Vilani, confirmou em entrevista que o doleiro Alberto Youssef, um dos personagens centrais da Opera��o Lava Jato, fez pagamentos a sua empresa em nome da Petrobras.
Durante audi�ncia da CPI mista da Petrobras, Rubens Bueno comparou o suposto esquema envolvendo a ag�ncia de publicidade ao que ocorreria durante as investiga��es da CPI dos Correios. Na ocasi�o, foi constatado o envolvimento de ag�ncias de propaganda no esquema do mensal�o. O l�der do PPS j� havia apresentado requerimento para ouvir os s�cios da Muranno na CPI.
O atual diretor de Abastecimento da Petrobras, Jos� Carlos Cosenza, disse que n�o sabia de supostas irregularidades em contratos na estatal. "N�o tinha conhecimento, n�o era do meu tempo", afirmou ele, que chegou ao cargo em junho de 2012, sucedendo Paulo Roberto Costa.
Falastr�o
O l�der do PPS criticou duramente o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Em discurso, o ex-presidente insinuou que sabia do pagamento de propina a parlamentares da oposi��o para impedir as investiga��es de outra CPI da Petrobras no Congresso, de 2009. Bueno acusou-o de "falastr�o, demagogo e populista", a quem disse ter nomeado uma "quadrilha" na Petrobras.
"O governo n�o aprova a quebra de sigilo das empreiteiras da Petrobras. Mas o governo n�o aprova. Este � um governo irrespons�vel, mente, rouba, este � o governo que est� a�", afirmou o l�der do PPS.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) repudiou "com veem�ncia" as declara��es de Rubens Bueno. Ele disse que n�o se pode tratar todos como corruptos ou como uma quadrilha. Para ele, n�o se pode usar a CPI como um terceiro turno eleitoral.
Pouco antes, o l�der do PT no Senado, Humberto Costa, tamb�m recha�ou o uso da comiss�o como mais um tempo do embate eleitoral. E defendeu que as investiga��es da CPI - previstas para serem encerradas no pr�ximo m�s - s� ocorram se houver novidades. "Sou a favor de fazer a prorroga��o da CPMI, se for poss�vel produzir um fato novo, n�o a reprodu��o de um fato pol�tico", disse.