O in�dito pedido de auditoria nas elei��es feito pelo PSDB na noite de quinta-feira, 30, foi classificado pelo especialista em direito eleitoral Alberto Luis Mendon�a Rollo como "triste". Rollo ressaltou que a urna eletr�nica foi testada diversas vezes antes da elei��o e lamentou que o partido derrotado tenha questionado o sistema somente ap�s o resultado final. "Em elei��es municipais, chamamos isso de vi�va de elei��o. Em vez de questionar o porqu� de ter menos votos, questiona a urna. Ao questionar a validade, n�o sei se contribui para a democracia", avalia o advogado.
Al�m de criticar o pedido de auditoria especial feito pelo PSDB, Rollo defendeu o n�vel de seguran�a da urna eletr�nica, testada por universidades do Brasil e exterior. Ele lembra que o pr�prio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antes de outros pleitos, submeteu o sistema brasileiro a testes com programadores de todo o mundo. "H� mecanismos de controle, mecanismos de comprova��o, n�o d� para trocar 3,5 milh�es de votos de um lado para o outro sem que ningu�m saiba. N�o � uma pessoa s� que manipula esses programas", defende o especialista.
Rollo evita dizer que fraudar o sistema � imposs�vel, mas acredita que os testes feitos na urna mostraram a efici�ncia do modelo. Para ele, o fato de as urnas n�o terem conex�o umas com as outras e com a internet � uma garantia. Contra o argumento de que pode haver m� f� de funcion�rios da Justi�a eleitoral, Rollo lembra que � imposs�vel que haja uma altera��o capaz de mudar o resultado de uma elei��o sem que outros t�cnicos tomem conhecimento da fraude. "S�o v�rios t�cnicos. N�o d� para um fazer a programa��o para alterar votos sem que isso seja descoberto antes da elei��o", completa.
A peti��o do PSDB diz que h� "uma somat�ria de den�ncias e desconfian�as por parte da popula��o brasileira" motivada pela decis�o do tribunal de s� divulgar o resultado da elei��o presidencial ap�s o encerramento da vota��o no Estado do Acre.
O presidente do diret�rio municipal do PSDB em S�o Paulo, Milton Flavio, questionou a isen��o do presidente do TSE, Jos� Antonio Dias Toffolli, que trabalhou para o PT antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal e ao comando da Justi�a Eleitoral. "Muita gente questiona a isen��o do Toffoli", disse Fl�vio.
O advogado Alberto Luiz Mendon�a Rollo rebate o argumento do tucano dizendo que, mesmo sendo o presidente, Toffoli n�o tem autonomia para fazer altera��es no sistema. "Dizem que o Toffoli j� foi advogado da presidente Dilma, mas n�o � ele que faz a apura��o. Ele n�o tem uma senha secreta, h� mecanismos de controle. N�o � um s� funcion�rio que manuseia o programa, n�o � s� o presidente", explica, citando como exemplo de que o sistema � seguro as cerim�nias p�blicas de lacra��o dos programas com representantes da sociedade civil, como o Minist�rio P�blico, a Ordem dos Advogados do Brasil e da imprensa.