O frio e a chuva que caiu no final da tarde desta quinta-feira n�o espantaram os cerca de 7mil manifestantes, segundo estimativas da Pol�cia Militar, que marcharam pelas ruas de S�o Paulo com o lema "Contra a direita e por mais direitos". Composta por militantes ligados ao Movimento dos trabalhadores Sem Teto (MTST) e � Central �nica dos Trabalhadores (CUT), marcha foi uma rea��o a manifesta��es de ideologia conservadora realizadas h� duas semanas e uma cobran�a pelo comprometimento da presidente Dilma Rousseff com reformas populares no seu segundo mandato.
A manifesta��o se concentrou em frente ao v�o do Museu de Arte de S�o Paulo (Masp) e, com faixas, cartazes e dois carros de som, ocupou uma pista da Avenida paulista, seguiu por ruas do Jardins, bairro nobre da capital paulistana, desceu a consola��o em dire��o � na Pra�a da S�, o destino final.
Enquanto passava pela Rua Augusta e a Alameda Ja�, nos Jardins, em protesto contra declara��es preconceituosas contra nordestinos, o carro de som tocou m�sicas de Luiz Gonzaga e Z� Ramalho, dois �cones da cultura do Nordeste. Manifestantes carregavam p�s e enxadas e dan�aram forr�.
Do alto do carro de som, Boulos provocou. "A playboyzada ficou revoltada porque o titio A�cio perdeu a elei��o. Vamos mostrar que interven��o n�o � militar, � popular", disse. Num recado a Dilma, o l�der do MTST afirmou que, no segundo mandato, os movimentos sociais estar�o nas ruas mantendo as cobran�as por suas causas. "N�o aceitaremos que ela n�o governe para os trabalhadores. (Dilma) Foi eleita para fazer essas mudan�as e vamos estar na rua cobrando essas mudan�as do nosso jeito, com ocupa��o e com press�o, que � a �nica forma do pais mudar. Queremos reforma agr�ria, queremos redu��o da jornada, queremos todas as reformas que o pais precisa", listou Boulos.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, manteve o tom. Segundo ele, a marcha teve como objetivo mostrar "que n�o s�o s� os reacion�rios que v�o para a rua". "Esse ato � para dizer que acabou a elei��o", disse. Ao direcionar o discurso para o governo, Freitas disse que o "povo n�o votou para ter banqueiro como presidente do Banco Central nem como ministro da Fazenda. "Queremos que o governo olhe para a gente, queremos a diminui��o da jornada de trabalho, o fim do fator previdenci�rio", disse.