Brisbane, 16 - A corrup��o n�o � uma exclusividade da Petrobras. A afirma��o foi feita pela presidente Dilma Rousseff antes de retornar da Austr�lia para o Brasil. Ao lembrar que h� outros casos de corrup��o no setor corporativo, a presidente citou como exemplo a norte-americana Enron que faliu ap�s a maquiagem de balan�o. Em defesa da estatal, Dilma disse que "n�o se pode condenar a empresa". "O que n�s temos de condenar s�o as pessoas", disse.
"N�o � um monop�lio da Petrobras ter processos de corrup��o. Eu quero te lembrar que um dos grandes esc�ndalos de corrup��o investigados no mundo foi o da Enron. E a Enron era uma empresa privada", disse Dilma em entrevista coletiva no fim da reuni�o das 20 maiores economias do mundo, o G-20. "A maioria absoluta dos funcion�rios da Petrobras n�o � corrupta. H� pessoas que praticaram atos de corrup��o dentro da Petrobras", disse.
Para a presidente, "n�o se pode condenar a empresa". "O que n�s temos de condenar s�o as pessoas. E as pessoas dos dois lados. Dos corruptos e dos corruptores", disse, ao comentar que o fato de corruptos e corruptores estarem atr�s das grades "� simb�lico para o Brasil".
Questionada sobre o impacto do caso na reforma pol�tica ou na possibilidade de perder apoio no Congresso, a presidente negou as duas hip�teses. "Dentro dos nomes cogitados, n�o h� pessoas que podem estar envolvidas", disse, ao comentar que o esc�ndalo j� era conhecido e o governo n�o conhecia apenas os nomes dos envolvidos. "Voc� h� de convir que essa quest�o da Petrobras j� tem certo tempo. Ent�o, nada disso � t�o estranho para n�s. N�s n�o sab�amos as pessoas concretas, mas n�s sab�amos da investiga��o", completou.