Dilma: n�s vamos fazer ajustes (nos gastos)

Brisbane, 16 - Mesmo sem ter anunciado o novo ministro da Fazenda, o governo de Dilma Rousseff far� corte de gastos e a tesoura dever� atingir despesas que n�o geram benef�cio na demanda ou que s�o consideradas excessivas. "N�s vamos fazer ajustes, mas nem todos os ajustes s�o pelo lado de cortar a demanda", disse ap�s participar da reuni�o de c�pula das 20 maiores economias do mundo, o G-20. Dilma negou que estuda a volta da cobran�a da Cide, a contribui��o sobre os combust�veis.

Durante entrevista antes de deixar o centro de conven��es que abrigou a reuni�o de c�pula do G-20, Dilma confirmou que haver� cortes de gastos p�blicos. Mas explicou que a medida n�o vai afetar investimentos ou o consumo. "Voc� tem de selecionar aquilo que � capaz de te dar maior n�vel de investimento e, portanto, maior capacidade de recupera��o", disse. "Voc� tem no Brasil um conjunto de gastos e de despesas que n�o levam necessariamente � amplia��o do investimento nem a amplia��o do consumo. Essas despesas s�o aquelas que n�s consideramos que podem ser cortadas", disse. Outro foco s�o os gastos que s�o considerados "excessivos". Nos dois casos, por�m, Dilma n�o deu exemplos de �reas que podem ter corte.

Dilma repetiu o discurso da equipe econ�mica de que ajustes macroecon�micos n�o devem restringir a demanda. Mesmo estando em meio a um novo ciclo de aumento do juro, Dilma disse que "vamos fazer um ajuste, mas n�s n�o defendemos que a melhor pol�tica para sair da crise seja aquela da restri��o da demanda". "N�o � e isso est� provado na pr�pria Uni�o Europeia", disse.

Questionada sobre o rumo de volta da cobran�a da Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide) para melhorar a arrecada��o, Dilma recha�ou a hip�tese. "N�o conhe�o essa possibilidade. Eu n�o discuti a cria��o da Cide com ningu�m. Pode ter algu�m interessado na cria��o da Cide e deve ter muita gente interessada. Eu n�o estou dizendo que nunca vai se retomar a Cide, mas isso n�o est� na nossa pauta".