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Estado de Minas

Poupado at� agora, auxiliar de doleiro negocia dela��o


postado em 20/11/2014 07:37

Bras�lia, 20 - Homem da mala do doleiro Alberto Youssef, Rafael �ngulo Lopez negocia com o Minist�rio P�blico acordo de dela��o premiada. Lopez tinha como fun��o fazer entregas de valores em dinheiro a clientes vips do esquema de corrup��o na Petrobras, al�m de abastecer contas no exterior. Ele poder� confirmar quem s�o os principais recebedores do dinheiro desviado da Petrobras de obras superfaturadas e apontar em quais contas foram feitos dep�sitos de propina.

Lopez controlava o cofre de Youssef quando o doleiro n�o estava em S�o Paulo. At� agora quatro audi�ncias de oitivas de testemunhas do "homem da mala" foram realizadas pela Justi�a num dos inqu�ritos da Lava Jato. Lopez ainda n�o foi ouvido. A dela��o premiada corre em separado.

Conforme advogados que t�m clientes em dela��o, o acordo � demorado. As negocia��es da colabora��o do doleiro Alberto Youssef, por exemplo, se iniciaram em julho. Apenas em setembro, dois meses depois, ele come�ou a prestar os depoimentos.

As tratativas para a dela��o premiada de Lopez explicariam o motivo de ele n�o ter sido preso pela Opera��o Lava Jato, embora atuasse como figura central desse departamento da "lavanderia". Os outros investigados que serviam de "mula" para Youssef tiveram ordem de pris�o expedida. H� tr�s meses, o Minist�rio P�blico tamb�m pediu a pris�o preventiva de Lopez, o que foi indeferido pelo juiz S�rgio Moro, quando teriam sido iniciadas as conversas sobre a colabora��o.

O criminalista Adriano S�rgio Nunes Bretas, que defende Lopez, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que n�o vai se manifestar sobre o caso. Segundo pessoas que conviveram com Youssef, uma conta no exterior teria sido aberta em nome de Lopez, por onde passou dinheiro do esquema distribu�do fora do Pa�s. Em depoimento � Justi�a, a contadora Meire Poza afirmou que era ele "quem cuidava da vida financeira de Alberto Youssef". Segundo ela, era "ele quem fazia saques, pagamentos a terceiros, viagens ao exterior, etc. Portanto, teria conhecimento dos ativos mantidos no Pa�s e no exterior".

O Minist�rio P�blico definiu Lopez, em relat�rio, como a pessoa que realizava "as atividades de saque, entrega, recebimento de valores e transporte de dinheiro em esp�cie, reais e d�lares". "Quando a Opera��o Lava Jato foi deflagrada, a Pol�cia Federal apreendeu em um cofre na sala de Lopez na GFD Investimentos (empresa do doleiro) R$ 1,39 milh�o e US$ 20 mil, al�m de uma maleta com cerca de R$ 500 mil."

Panam�

Um dos destinos frequentes de Lopez no exterior era a Cidade do Panam�. Uma conta banc�ria foi aberta no para�so fiscal em nome de Jo�o Proc�pio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, apontado como respons�vel pela abertura de contas do esquema no exterior a pedido de Alberto Youssef.

Proc�pio � o �nico dos investigados na Lava Jato que est� preso fora da superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba. No esquema ele funcionava como esp�cie de titular da conta, que era operada e alimentada por Lopez. H� semanas, Proc�pio foi transferido para o Complexo Penitenci�rio de Piraquara, no Paran�, supostamente ap�s diverg�ncias entre seu advogado e policiais. Proc�pio chegou a ensaiar tamb�m uma dela��o premiada, mas as negocia��es n�o teriam avan�ado.

Lopez tamb�m teria levado dinheiro do esquema para o Peru. "Esses valores em esp�cie eram transportados pelo denunciado, em voos dom�sticos, ocultados no corpo ou em alguma valise, pela utiliza��o de avi�es particulares ou, ainda, valendo-se de ve�culos blindados, de transporte de valores", informa relat�rio do Minist�rio P�blico. Lopez foi apresentado a Youssef pelo cunhado, Enivaldo Quadrado, que tamb�m trabalhava para o doleiro. Os dois romperam rela��es ap�s Enivaldo contar � Justi�a sobre a atua��o do cunhado no esquema. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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