Bras�lia, 20 - Como integrantes de um clube secreto, os benefici�rios das "malas" enviadas pelo doleiro Alberto Youssef eram obrigados a dar uma senha previamente informada pelo esquema antes de embolsar o dinheiro. Ao fazer as entregas, os subordinados de Youssef recebiam um endere�o, um nome, o hor�rio e uma senha de controle a ser exigida na hora da entrega.
O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a um bilhete para a entrega de R$ 40 mil a um executivo em S�o Bernardo do Campo (SP). No papel, est� escrito "senha: Feliz 2014", frase que o enviado de Youssef deveria ouvir antes de entregar os valores.
As investiga��es da Lava Jato tamb�m identificaram que Youssef e seus subordinados se referiam � propina com apelidos como "carbono, papel, documento, p�ginas de contrato e vivos". Conforme um interlocutor do doleiro, a senha s� era exigida quando a entrega era para clientes "novatos".
O bilhete orienta a entrega de R$ 40 mil ao engenheiro Ricardo Kadayan, da Ductor Implanta��o de Projetos Limitada. O bilhete informa um endere�o e o hor�rio das 14h �s 16 h. N�o h� comprova��o de que o dinheiro foi entregue. Kadayan afirmou que o endere�o � o de sua resid�ncia, mas negou conhecer Youssef ou qualquer entrega de dinheiro. "Eu n�o tenho nada a ver com isso. Desconhe�o qualquer assunto a respeito."
O bilhete n�o cita a Ductor, que atua em �reas como fiscaliza��o e supervis�o de projetos, obras e servi�os de engenharia. A empresa disse n�o conhecer o doleiro. Nem Kadayan nem a Ductor s�o investigados pela PF. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.