
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comparou nesta quinta-feira, 2 as investiga��es na Opera��o Lava Jato ao processo do mensal�o. Citando os valores envolvidos nos dois casos, o ministro afirmou que "agora, a a��o penal 470 (mensal�o) teria de ser julgada em juizado de pequenas causas, pelo volume que est� sendo revelado" na Opera��o Lava Jato, que est� revelando um esquema de corrup��o na Petrobras.
"N�s fal�vamos que est�vamos a julgar o maior caso, pelo menos de corrup��o investigado, identificado. Mas n�s fal�vamos de R$ 170 milh�es", disse Gilmar, sobre o mensal�o. Ao falar da Lava Jato, o ministro alertou que � um caso de propor��es bem maiores. "Estamos a ver que esse dinheiro est� sendo patrimonializado. Quando vemos uma figura secund�ria que se prop�e a devolver US$ 100 milh�es, j� estamos em um outro universo, em outra gal�xia", disse, em refer�ncia �s not�cias de que o ex-gerente-executivo da diretoria de Servi�os da Petrobras, Pedro Barusco, fechou acordo de dela��o premiada em que se compromete a devolver o valor e contar o que sabe sobre o esquema de corrup��o e propina na estatal.
O ministro avaliou como "lament�vel" que o esquema revelado pela Lava Jato j� estivesse em opera��o durante o julgamento do mensal�o. "Nem o julgamento do mensal�o e nem as penas que foram aplicadas tiveram qualquer efeito inibit�rio. Mostra que � uma pr�xis que comp�e a forma de atuar, de gerir, administrar."
Tempo
Questionado se o processo que derivar da Opera��o Lava Jato pode se estender por anos no Supremo, como foi o caso do mensal�o, Gilmar Mendes disse que hoje h� "uma tecnologia processual mais moderna, com o trabalho das turmas". Desde junho, as a��es penais s�o remetidas �s turmas do STF e n�o ao plen�rio, como forma de agilizar o julgamento. "Mas certamente pode ser um caso trabalhoso. E tamb�m j� se faz previamente a divis�o dos processos. Haver� distribui��o, defini��o de compet�ncia", disse Gilmar Mendes.