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Estado de Minas

Duque diz que recebeu R$ 1,6 milh�o por consultoria


postado em 20/11/2014 21:49

Bras�lia, 20 - O ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque afirmou em depoimento � Pol�cia Federal que recebeu R$ 1,6 milh�o da empreiteira UTC por uma consultoria. Ele � apontado por integrantes do esquema de corrup��o investigado pela Opera��o Lava Jato como benefici�rio de propinas pagas por empreiteiras para obter contratos com a petroleira estatal. A UTC � uma das empreiteiras investigadas pela Pol�cia Federal e pelo Minist�rio P�blico sob suspeita de integrar o esquema. Seu presidente, o executivo Ricardo Ribeiro Pessoa, est� preso desde a �ltima sexta-feira.

No depoimento, prestado na segunda-feira, 17 de novembro, Renato Duque afirmou que se "auto imp�s" uma quarentena ao deixar o cargo que tinha na Petrobras em abril de 2012. Depois disso, relatou, come�ou a trabalhar como consultor em janeiro de 2013, usando uma empresa que j� tinha constitu�da antes de sair da estatal.

A consultoria de R$ 1,6 milh�o dada � UTC, disse Duque, serviu para capacitar a empresa a entrar numa licita��o para operar plataformas flutuantes. "Apesar disso, a UTC perdeu a licita��o no ano de 2013", registrou. O valor foi recebido, de acordo com ele, "em v�rios pagamentos de valor menor" feitos � empresa D3TM, que tamb�m � investigada pelas autoridades e teve seu sigilo quebrado a pedido do juiz federal Sergio Moro, da 13� Vara Criminal de Curitiba.

O relato do depoimento de Duque permite saber que ele teve ao menos mais um contrato com a UTC, mas n�o revela o valor desse neg�cio. "Outro contrato de consultoria se deu com a UTC �leo e G�s (...) tendo auxiliado na elabora��o da proposta e o estudo das melhores alternativas". Segundo o relato, nesse caso a UTC conseguiu o contrato que almejava.

O ex-diretor negou no depoimento ter recebido propinas e desconhecer o esquema relatado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa � Pol�cia Federal. Segundo Costa, contratos da estatal com empresas eram acrescidos de 3% para sustentar os valores desviados. Duque disse aos policiais que est� processando Costa por crime de cal�nia.

Cosenza

Em outro momento do interrogat�rio, � feita a Duque uma pergunta que aparece nos depoimentos de outros cinco executivos presos na �ltima sexta-feira e que suscitou pol�mica ao longo da semana. Trata-se da pergunta em que a pr�pria PF revela o suposto envolvimento do atual diretor de Abastecimento da Petrobras, Jos� Carlos Cosenza, entre os suspeitos de receber "comiss�es" das empreiteiras. Na quarta-feira, 19, a Pol�cia Federal disse que o nome de Cosenza foi mencionado por "erro material" nos depoimentos e que n�o h� elementos que o comprometam nos autos do processo.

O interrogat�rio de Duque, por�m, indica que Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef mencionaram Cosenza. "Indagado sobre a afirma��o de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef em tal interrogat�rio judicial de que havia o pagamento de comiss�es pelas empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobras para eles, o interrogado, diretores Cerver� e Cosenza (...), o declarante afirma que n�o recebia comiss�es."

Petista

Duque disse no interrogat�rio que conheceu o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari, em 2010, "em um evento social em S�o Paulo". Vaccari � suspeito de ser o arrecadador do PT no esquema investigado pelas autoridades.

O ex-diretor afirmou que criou "empatia" com o petista e, por "amizade", passou a ter encontros com ele, sempre em car�ter social. Caracterizou Vaccari como "pessoa agrad�vel para o conv�vio", principalmente em jantares no Rio de Janeiro e em S�o Paulo. Disse ainda nunca ter se encontrado com Vaccari na Petrobras.


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