Dois diretores de �reas estrat�gicas da Mendes J�nior afirmaram � Pol�cia Federal que a empreiteira realizou pagamentos totalizando R$ 8,028 milh�es para empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, a GFD Investimentos e a Rigidez “por servi�os n�o realizados”.
Os relatos do engenheiro civil Angelo Alves Mendes, diretor vice-presidente de Assuntos Corporativos, e do engenheiro eletricista Rog�rio Cunha de Oliveira, diretor de �rea de �leo e G�s da construtora, confirmam a vers�o do vice-presidente executivo da Mendes J�nior, S�rgio Mendes, preso dia 20 pela Opera��o Ju�zo Final, s�tima fase da Opera��o Lava Jato.
Mendes disse � PF que foi “pressionado” a pagar aquele valor para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobr�s Paulo Roberto Costa e para o doleiro Alberto Youssef. O criminalista Antonio Figueiredo Basto, que defende Youssef, negou a extors�o. Ele atribui a declara��o de Mendes a “uma estrat�gia de defesa”. O diretor de �leo e G�s alegou que em maio de 2011 o doleiro “informou que se a Mendes J�nior n�o fizesse o pagamento de porcentual sobre o valor de servi�os realizados, Costa n�o iria aprovar pagamentos devidos pela Petrobr�s”.
Segundo Oliveira, o doleiro amea�ou que o ent�o diretor de Abastecimento da estatal “n�o mais convidaria a Mendes Jr. para participar das pr�ximas obras”. O doleiro teria exigido da Mendes J�nior, “a t�tulo de propinas um porcentual que variava de 2.2% a 2.4% de tr�s termos aditivos dos contratos referentes � obras do Terminal Aquavi�rio de Barra do Riacho e um termo aditivo referente � obra da Replan, em Paul�nia (SP)”.
Oliveira afirma que o doleiro “recebeu de propinas em torno de R$ 8,1 milh�es”. O pagamento era depositado na conta das empresas de Youssef, que emitia nota fiscal em favor da Mendes J�nior. “Os contratos com a GFD e Rigidez foram entregues na sede da Mendes Jr. no Rio por um emiss�rio de Youssef.”
“A Mendes J�nior teve que ceder ao pedido de pagamento da propina porque poderia n�o ser mais convocada para obras da Petrobr�s”, disse Oliveira. “A Petrobr�s tinha uma d�vida em torno de R$ 250 milh�es a R$ 300 milh�es com a Mendes Jr por servi�os j� conclu�dos.”
Ele reconheceu a exist�ncia de tr�s contratos e um aditivo com a GFD nos valores de R$ 1 milh�o, R$ 1,2 milh�o, R$ 2,7 milh�es e R$ 1.020 milh�o. Com a Rigidez foi fechado contrato de R$ 2,108 milh�es. “Os servi�os n�o foram prestados e os contratos foram formalizados apenas para dar cobertura cont�bil aos valores exigidos a t�tulo de propina por Youssef. Soube depois que tais pagamentos enquadravam-se no sistema de cobran�a de comiss�es de Paulo Roberto Costa.”