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Estado de Minas

Comiss�o da Verdade do RJ faz dilig�ncia no antigo Dops


postado em 24/11/2014 14:07

Rio, 24 - A Comiss�o Estadual da Verdade do Rio (CEV-Rio) fez, na manh� desta segunda-feira, 24, uma dilig�ncia no pr�dio onde funcionou o Departamento de Ordem Pol�tica e Social (Dops) durante a ditadura militar. Quinze ex-presos pol�ticos visitaram as instala��es que foram usadas para torturas psicol�gicas, como celas feminina e masculina, locais de interrogat�rio e a sala do delegado respons�vel pelo quartel. Batizada, na �poca, de "Dep�sito de Presos S�o Judas Thadeu" a cela principal estava fechada - atualmente serve como local para desmonte de armas e, segundo a Pol�cia Civil, somente o armeiro respons�vel tem as chaves dos cadeados. Por isso, uma nova dilig�ncia foi marcada para esta quinta, 27.

Durante a dilig�ncia de hoje, a maioria dos presos relatou ter sofrido torturas psicol�gicas a partir de 1964. O relato mais impactante foi de Maria Helena Guimar�es Pereira, de 69 anos, presa gr�vida em 1972. Ela contou que perdeu o beb� por causa das sucessivas torturas f�sicas espancamentos e socos durante os seis meses que esteve detida no Dops. As torturas f�sicas eram desconhecidas pela maioria dos detidos. Depois que deixou a pris�o, Maria Helena engravidou novamente, mas o beb� nasceu morto, o que ela credita �s sucessivas sess�es de espancamento. "Por causa de tudo que sofri aqui, tive de fazer terapia sete dias na semana."

O espa�o onde funcionou o Dops serviu como centro de repress�o da pol�cia pol�tica desde 1910, quando foi constru�do. Presa durante o Estado Novo (1930-45), Olga Ben�rio saiu de l� para ser deportada e entregue aos nazistas.

Atualmente, o local est� fechado para obras de reforma. Apesar de a fachada estar preservada depois de interven��es que come�aram em 2009, o interior do pr�dio est� completamente degradado com infiltra��es, pombos morando no local, reboco ca�do no ch�o. Obras emergenciais est�o sendo feitas, mas n�o h� previs�o de t�rmino.

Os integrantes da CEV-Rio e os ex-presos pol�ticos reivindicam que o local seja transformado em espa�o de mem�ria da resist�ncia para contar sobre os per�odos de repress�o. A Pol�cia Civil, propriet�ria do pr�dio, usava o local como Museu da Pol�cia Civil e alega que o espa�o ser� compartilhado para tamb�m contar as hist�rias de resist�ncia e repress�o. Assim, as salas que forem identificadas como locais de tortura, ser�o reformadas para contar essas hist�rias. As demais salas contariam hist�rias de outros per�odos hist�ricos.


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