O primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), cobrou nesta segunda-feira uma a��o do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, para evitar vazamentos de dados de dela��es premiadas relativos � Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal. O questionamento ocorre ap�s a revela��o feita pelo jornal O Estado de S. Paulo de que o ex-diretor de Abastecimento da estatal afirmou que o esquema de propinas e corrup��o na Petrobras repassou R$ 1 milh�o � campanha de Humberto Costa (PT-PE) para o Senado em 2010.
Jorge Viana defende a puni��o dos delegados que, em coment�rios feitos em redes sociais, demonstraram ter prefer�ncia pelo candidato derrotado pelo PSDB � Presid�ncia, senador A�cio Neves (MG). Atual l�der do PT no Senado, Humberto Costa (que nega as acusa��es e abriu m�o dos sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico), integra uma extensa lista de pol�ticos acusados pelo ex-diretor da Petrobras na dela��o, por meio da qual espera ter sua pena reduzida. Cardozo � filiado ao PT, assim como Jorge Viana e Costa.
"A Pol�cia Federal tem que tratar isso com seriedade. O ministro da Justi�a precisa agir. Em uma hora dessas, a gente tem de ter um ministro da Justi�a forte, que n�o aceite esse tipo de manipula��o de um processo t�o importante como esse. Um processo que pode ajudar o Brasil, ajudar a Petrobras a ficar melhor, a combater a corrup��o", afirmou Jorge Viana.
O primeiro vice-presidente do Senado classificou como "absurdo" o que est� sendo feito com o l�der do PT na Casa, a quem chamou de uma "pessoa absolutamente honesta e correta". "Est� tendo um crime dentro de um crime cometido. Est�o fazendo um vazamento seletivo para tentar destruir a honra de pessoas. � muito importante que haja uma uni�o de todos para apurar tudo. Se tiver agente pol�tico envolvido, os chamados tubar�es, que se traga logo. N�o pode se fazer uma condu��o equivocada de uma coisa t�o s�ria", disse Viana. Para Jorge Viana, Humberto Costa "n�o � acusado de nada", mas "vira v�tima ou r�u de uma hora para outra". Ele disse que esse tipo de situa��o enfraquece as investiga��es.
Em discurso e em entrevista, Humberto Costa reafirmou que n�o vai deixar que o trabalho dele seja "prejudicado". Disse ainda que estuda tomar medidas legais e cab�veis contra o delator. "Do ponto de vista jur�dico, ele n�o ser� negligenciado, at� que eu possa fulminar, uma a uma, todas as acusa��es contra mim", afirmou o l�der do PT no Senado. Defendeu, ainda, que n�o se pode tomar como verdade as afirma��es feitas por Paulo Roberto Costa.