'Chateado', ex-ministro n�o comenta pris�o do irm�o

Salvador, 24 - Pouco depois de um de seus irm�os, Adarico Negromonte Filho, se apresentar na sede da Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba (PR), na manh� desta segunda-feira, o ex-ministro das Cidades, M�rio Negromonte, decidiu deixar o gabinete que ocupa, no Tribunal de Contas dos Munic�pios da Bahia, onde � conselheiro, para n�o voltar ao longo do dia.

"Ele estava bastante chateado", contou um de seus assessores, para quem Negromonte deixou o recado de que n�o comentaria a pris�o do irm�o, suspeito de integrar o esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Yousseff, investigado na Opera��o Lava Jato, da PF. "Ele disse que j� falou o que tinha para falar a respeito."

O assessor referia-se a uma entrevista dada pelo ex-ministro ao jornal Tribuna da Bahia, publicada no dia 17, na qual Negromonte disse considerar o irm�o inocente "at� que existam provas concretas" que o incriminem, mas defendeu puni��o em caso de comprova��o do envolvimento. "Tenho 11 irm�os e os amo todos, ent�o, o que eu puder fazer para ajudar, vou fazer", disse. "Agora, ele vai ter de mostrar que n�o cometeu nenhum crime. Se cometeu, tem de pagar."

O ex-ministro tamb�m disse, na entrevista, n�o ter nenhuma rela��o com o caso. "Se meu irm�o fosse uma pessoa qualquer, de sobrenome Silva, eu jamais apareceria nisso", comentou, salientando que qualquer tentativa de envolv�-lo no esquema seria fruto de "jogo pol�tico". "Estou triste e preocupado por ter um irm�o envolvido, mas estou tranquilo quanto a mim."