D�vida tucana ser� coberta com donativos, diz Gregori

O ex-ministro da Justi�a de Fernando Henrique Cardoso, Jos� Gregori, que foi o coordenador financeiro da campanha do senador A�cio Neves (PSDB) � Presid�ncia da Rep�blica, disse nesta quarta-feira que a d�vida da campanha tucana ser� coberta por meio de donativos prometidos e, provavelmente, por campanhas de arrecada��o a serem promovidas pelo PSDB.

O saldo devedor de cerca de R$ 15 milh�es passa a ser do PSDB com o encerramento das contas do per�odo eleitoral. O ex-ministro disse que h� doa��es que foram feitas em parcelas e que ainda entrar�o no caixa do PSDB em dezembro. Ele n�o revelou a quantia e preferiu tamb�m n�o falar em um prazo para o partido quitar a d�vida.

Segundo Gregori, s�o tr�s os credores significativos do passivo de campanha: duas gr�ficas e uma empresa de publicidade. "No nosso caso, o que facilita � que s�o poucos os credores. S�o firmas conhecidas que j� ao longo do tempo trabalham com o PSDB e sabem que n�s n�o vamos dar o calote em ningu�m", disse o tucano.

O ex-ministro minimizou a quest�o de ter ficado um d�ficit nas contas da campanha e avaliou que uma futura reforma pol�tica pode melhorar o sistema. "� da din�mica da campanha eleitoral voc� ter dificuldades, por esse sistema que eu acho nos vamos aperfei�oar e vamos chegar um dia, n�o sei se para meus dias ou dos meus filhos ou netos, em que as campanhas custem apenas uma pequena contribui��o que cada correligion�rio possa dar."

Jos� Gregori compareceu � missa de s�timo dia do tamb�m ex-ministro da Justi�a M�rcio Thomaz Bastos, de quem foi veterano na faculdade de Direito da USP. Apesar de Thomaz Bastos ter sido ministro do ex-presidente petista Luiz In�cio Lula da Silva, Gregori ressaltou que ele n�o era apenas ligado ao PT.

"O M�rcio realmente n�o era homem de um partido s�, de uma amizade s�, de uma atividade s�, de um objetivo s�. Ele era m�ltiplo. Portanto foi uma perda sentida n�o s� pelos que eram pr�ximos dele politicamente, como por aqueles que estiveram perto dele ao longo da vida."

Berlinda

Gregori afirmou que neste momento de den�ncias envolvendo a Petrobras, na Opera��o Lava Jato, o governo e pessoas de empreiteiras que estiverem "na berlinda" sentir�o falta da orienta��o qualificada de Thomaz Bastos.

A missa, realizada no in�cio da tarde desta quarta-feira em uma igreja da capital, re�ne personalidades do mundo jur�dico, especialmente advogados, al�m de pol�ticos. Est� presente tamb�m o ex-prefeito Paulo Maluf, que n�o falou com a imprensa.