Na imin�ncia de uma decis�o sobre cassa��o de mandato, o deputado federal Andr� Vargas (sem partido-PR) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana para suspender o processo administrativo a que responde na C�mara. No �ltimo dia 20, Vargas pediu � C�mara uma licen�a m�dica de uma semana e a previs�o era de que o plen�rio da Casa decidisse sobre a perda do mandato do ex-petista no in�cio de dezembro, mas uma decis�o do Supremo pode adiar a defini��o.
Vargas � acusado de envolvimento no esquema montado pelo doleiro Alberto Youssef. Ele recorreu ao STF questionando a decis�o da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara de negar um recurso no qual pedia a anula��o de parecer do Conselho de �tica a favor da cassa��o de seu mandato.
Com a negativa da CCJ ao recurso usado pela defesa do ex-deputado, cabe ao plen�rio da C�mara a decis�o final. Ao recorrer ao STF, Vargas aponta que o caso j� se encontra na Secretaria Geral da Mesa da C�mara e pode ser pautado na pr�xima semana.
O mandado de seguran�a levado ao Supremo pede, em liminar, a suspens�o da tramita��o do procedimento administrativo. No m�rito, os advogados de Vargas querem a anula��o do julgamento do recurso pela CCJ e a volta do processo ao Conselho de �tica. O relator do caso no STF � o ministro Lu�s Roberto Barroso.
Um dos argumentos usados pela defesa � que a vota��o no Conselho de �tica contou com a participa��o de suplentes nomeados "no meio do julgamento", o que constituiu um "verdadeiro ju�zo de exce��o". Os advogados tamb�m sustentam que o processo por quebra de decoro parlamentar foi resultado de vazamento il�cito dos primeiros dados da Opera��o Lava Jato e pede que sejam reconhecidas como nulas as provas. A defesa sustenta no STF que as provas usadas no procedimento disciplinar s�o baseadas apenas em mat�rias jornal�sticas.
A liga��o de Vargas com o doleiro Alberto Youssef, investigado na opera��o Lava Jato, se tornou p�blica com a not�cia de que o deputado pegou carona em um jatinho pago pelo doleiro. Vargas � ainda apontado como respons�vel pela indica��o de um ex-assessor do Minist�rio da Sa�de para trabalhar em laborat�rio que centralizava o esquema de lavagem de dinheiro de Youssef, o Labogen.