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Estado de Minas

Janot v� 'gest�o desastrosa na Petrobras' e defende pris�o a corruptos


postado em 09/12/2014 13:01

Bras�lia, 09 - Em um duro discurso na manh� desta ter�a-feira, 9, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, afirmou que o esc�ndalo na Petrobras "convulsiona" o Pa�s e, como "um inc�ndio de largas propor��es" consome a estatal e produz "chagas que corroem a probidade e as riquezas da na��o". Janot disse ver "um cen�rio t�o desastroso na gest�o" da empresa e prometeu "n�o descansar" para fazer com que todos respondam pelos crimes cometidos. Para o procurador, a corrup��o � um problema que "mata e sangra" e defendeu que "corruptos e corruptores precisam conhecer o c�rcere".

"Urge um olhar detido sobre a Petrobras, em especial sobre os procedimentos de controle a que est� submetida. Em se tratando de uma sociedade de economia mista, com a presen�a de capital majorit�rio da Uni�o - e, pois, do povo brasileiro - � necess�rio maior rigor e transpar�ncia na sua forma de atuar", afirmou o procurador-geral.

A procuradoria tem conduzido as investiga��es da Opera��o Lava Jato com a constitui��o de uma "for�a-tarefa" atuante no Paran�, onde se concentra a apura��o do caso, conduzido pelo juiz S�rgio Moro. Janot foi respons�vel pela cria��o do grupo de procuradores e � o competente para pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de a��o penal nos casos em que h� envolvimento de autoridades ou parlamentares com foro privilegiado.

"Nem bem se encerrou a a��o penal 470 (mensal�o), revela-se ao Pa�s outro grande esquema de corrup��o em investiga��o profunda", disse Janot, em refer�ncia � Lava Jato. O PGR garantiu que a "resposta aos que assaltaram a Petrobras ser� firme" dentro e fora do Pa�s e disse que caber� aos procuradores que atuam na primeira inst�ncia do Judici�rio propor a��es penais e de improbidade "contra todos aqueles que roubaram o orgulho dos brasileiros pela sua companhia". A ele pr�prio, disse, cabe apoiar a atua��o dos colegas e apresentar a��o penal contra os detentores de foro especial. "Ningu�m se beneficiar� de ajustes esp�rios, podem ter a certeza", disse.

Ele informou que em janeiro uma miss�o de procuradores da Rep�blica ir� aos Estados Unidos para cooperar com o Departamento de Justi�a norte-americano e "sufocar" criminosos que se valeram de fraudes e lavagem de dinheiro para "destruir" o patrim�nio e a marca da Petrobr�s. Miss�es da Procuradoria j� foram � Su��a e � Holanda para realizar investiga��es relacionadas � Lava Jato e ao caso envolvendo a SBM offshore.

Ao falar sobre os problemas na gest�o da estatal, o procurador disse que s�o esperadas as "reformula��es cab�veis" inclusive com eventual substitui��o da diretoria e trabalho colaborativo com o Minist�rio P�blico.

"Aqui e alhures, a decis�o � de ir fundo na responsabiliza��o penal e civil daqueles que engendraram esse esquema. N�o haver� descanso. O PGR n�o tergiversa nem renuncia ao dever de fazer valer o interesse maior da na��o. A PGR age", disse Janot. Ele garantiu que o Minist�rio P�blico Federal far� com que "todos os criminosos" envolvidos no esquema respondam perante o Judici�rio.

Sangra e mata. As declara��es foram feitas na abertura de evento organizado pela PGR em celebra��o ao Dia Internacional de Combate � Corrup��o, nesta ter�a-feira. Um dia em que o Pa�s tem motivos para lamentar, disse Janot. "E lamentar muito." "O Brasil ainda � um pa�s extremamente corrupto (...) Envergonha-nos estar onde estamos", afirmou Janot, dizendo que a culpa por esta situa��o "� de maus dirigentes, que se associam a maus empres�rios, em odiosas atua��es, montadas para pilhar continuamente as riquezas nacionais".

"Corruptos e corruptores precisam conhecer o c�rcere e precisam devolver os ganhos esp�rios que engordaram suas contas, � custa da esqualidez do tesouro nacional e do bem-estar do povo. A corrup��o tamb�m sangra e mata", disse o PGR. Ele afirmou que o Pa�s "n�o tolera mais a desfa�atez de alguns agentes p�blicos e maus empres�rios".

Janot cobrou a edi��o de decreto para implementar medidas de combate � corrup��o previstos na nova Lei Anticorrup��o Empresarial e permitir a puni��o administrativa de empresas corruptoras.


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