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Estado de Minas

CGU investiga contratos intermediados por lobista na Petrobras


postado em 09/12/2014 19:07 / atualizado em 09/12/2014 19:49

A Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) investiga a atua��o do lobista Julio Faerman - suspeito de pagar propinas na Petrobras em troca de contratos para a SBM Offshore - como representante de outros grupos internacionais na estatal. O �rg�o rastreia neg�cios intermediados por Faerman e duas de suas empresas - a Oildrive e a Faercom - para outros clientes, sediados em v�rios pa�ses. O objetivo � a abertura de apura��es espec�ficas sobre eventuais irregularidades cometidas tamb�m nesses casos.

O levantamento mira contratos de US$ 650 milh�es firmados pela Petrobras com a Rolls Royce em 2011, para fornecimento de turbogeradores para embarca��es. Conforme dados obtidos pelos auditores da CGU, Faerman e suas empresas teriam representado a multinacional inglesa no Brasil.

Documentos mostram que o lobista e suas empresas tamb�m operaram na companhia petrol�fera para outras cinco corpora��es. Trata-se da Benthic, empresa australiana de servi�os de geotecnia; da Welspun, indiana que fabrica��o tubos r�gidos; da Tideway, que atua na dragagem e instala��o de rochas; da Gall Thomson, inglesa que vende v�lvulas de conten��o; e da Vertech, com sede na Noruega. Esta �ltima tamb�m fechou contrato com a estatal, de US$ 6 milh�es, para reparo de plataformas em alto-mar com o uso de helic�pteros.

Faerman � acusado de pagar propinas a funcion�rios da Petrobras para obter contratos para a SBM Offshore, que tem neg�cios de US$ 27 bilh�es com a companhia. Como representante, ele recebeu da empresa holandesa comiss�es de US$ 139 milh�es. Parte desse dinheiro teria sido distribu�do como suborno.

Investiga��es de autoridades su��as sobre o caso SBM confirmaram pagamentos indevidos a empregados da estatal no exterior, o que levou a empresa a pagar multa de US$ 240 milh�es, por meio de um acerto com o Minist�rio P�blico da Holanda. No Brasil, a SBM j� informou � CGU a inten��o de fazer um acordo de leni�ncia, por meio do qual aceitaria pesadas multas para n�o ser proibida de participar de licita��es.

A SBM rompeu seu v�nculo formal com Faerman e outros representantes em 2012, ap�s den�ncias de irregularidades no Brasil e em outros pa�ses. Depois disso, no entanto, o empres�rio e seus s�cios continuaram frequentando a Petrobras. Foram 165 visitas desde 2012, conforme registros de entrada nos pr�dios da estatal, no Rio. A reportagem consulta a Petrobras sobre contratos firmados com as empresas representadas por Faerman desde 27 de outubro, mas a estatal n�o se pronuncia.

Procurada desde o dia 3 deste m�s, a Rolls-Royce tem informado que aguarda dados de sua �rea de compliance (controle), em Londres, para se manifestar sobre a suposta rela��o com Faerman e suas empresas. A Benthic explicou que nunca teve contratos com a Petrobras. Em nota, afirmou que tinha acordo com a Oildrive, de Faerman, at� 2014 para servi�os de consultoria. As demais empresas n�o se pronunciaram.

Os advogados de Faerman n�o retornaram aos contatos da reportagem. Em nota, a Oildrive alegou que, "embora tivesse todo o interesse em responder perguntas e aclarar a verdade", n�o pode "desrespeitar o sigilo imposto � investiga��o pelas autoridades". "Assim, lamentavelmente, por orienta��o de nossos advogados, n�o poderemos lhe encaminhar nossos esclarecimentos, conforme solicitado", acrescentou.


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