
Os nove s�o acusados de 33 atos de corrup��o e 31 de lavagem de dinheiro nas obras da Engevix na refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais. Essa � apenas a primeira a��o penal aberta contra os envolvidos na Opera��o Lava-Jato, que revelou esquema de propina paga pelas empresas a partidos pol�ticos. Na decis�o, Moro refor�ou a necessidade ter mantido a pris�o cautelar de Gerson Almada e do bloqueio de R$ 22,6 milh�es das contas banc�rias dele para “prevenir a continuidade do ciclo delitivo”. O juiz cita que o esquema de corrup��o investigado desviou R$ 158,9 milh�es em obras, sendo R$ 52,9 milh�es s� de investimentos ligados aPaulo Roberto da Costa. Na den�ncia, Moro diz que Almada ainda emitia documentos falsos para justificar o pagamento de R$ 13,4 milh�es a empresas de fachada comandadas por Youssef.
“Reitero apenas que a pris�o preventiva, embora excepcional, mostrou-se necess�ria para, principalmente, interromper o ciclo delitivo, com a pr�tica de, em cogni��o sum�ria, crives graves contra a administra��o p�blica, sendo a atualidade deste ilustrada pela celebra��o de contratos fraudulentos das empreiteiras com Alberto Youssef ainda neste ano de 2014. N�o fosse a a��o rigorosa, mas necess�ria, da Justi�a, � prov�vel que a corrup��o e lavagem estivessem perdurando at� o presente”, disse Moro, em sua decis�o.
DEPOIMENTOS
No mesmo despacho, o juiz agendou para as 14h de 3 de fevereiro o depoimento de Almada, de Youssef e de Costa. “Presentes ind�cios suficientes de autoria e materialidade, recebo a den�ncia contra os acusados acima nominados, nos termos da imputa��o ministerial. Considerando que tr�s acusados est�o presos preventivamente (Paulo Roberto em pris�o domiciliar e Youssef e Almada na PF em Curitiba) e o direito dos acusados a um julgamento r�pido nessas circunst�ncias, designo desde logo audi�ncia para oitiva de testemunhas”, diz.
Os nove r�us fazem parte da lista de 36 nomes denunciados na quinta-feira pelo MPF por envolvimento na Lava-Jato. De acordo com os procuradores, o esquema de subornos na Petrobras alcan�ava valores de at� 3% dos contratos com as construtoras e repassados a partidos. As a��es pedem ressarcimento de cerca de R$ 1,18 bilh�o e manuten��o das pris�es dos executivos, detidos desde 14 de novembro. As pr�ximas investiga��es v�o mirar em novas empresas, diretores da Petrobras e pol�ticos.