S�o Paulo, 14 - O governador reeleito de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que os casos de corrup��o na Petrobras fazem parte de uma "doen�a sist�mica". "O que parece � que n�o � uma quest�o pontual, parece uma quest�o sist�mica", disse ao chegar neste domingo, 14, para um almo�o em homenagem ao ex-governador Mario Covas (PSDB).
Questionado se era a favor da substitui��o da diretoria da estatal, Alckmin disse ser a favor "n�o s� de mudan�a de pessoas, mudan�a de m�todos". "Os processos de licita��o devem estar todos errados."
O governador citou ainda o caso do ex-gerente executivo da Diretoria de Servi�os, Pedro Barusco, que fechou acordo de dela��o premiada em que se comprometeu a devolver cerca de US$ 100 milh�es e contar o que sabe sobre o esquema de corrup��o e propina na estatal. "� inacredit�vel que um funcion�rio do terceiro escal�o numa dela��o premiada propor devolver R$ 200 milh�es, � uma coisa inimagin�vel, que precisa ser investigada com profundidade."
Cartel em SP
Alckmin afirmou que o caso da Petrobras n�o tem semelhan�a com as investiga��es de cartel de trens em S�o Paulo e que n�o h� comprova��o de crime no Estado. "S�o Paulo n�o tem nada, nada comprovado, h� uma suspeita de cartel onde o governo � v�tima", disse. "Cartel se faz fora do governo e n�s defendemos total investiga��o."
Anteontem, a Justi�a Federal bloqueou R$ 614,3 milh�es das contas de cinco multinacionais e de uma empresa brasileira acusadas de participar do cartel metroferrovi�rio que teria operado entre 1998 e 2008 em S�o Paulo - nos governos M�rio Covas, Jos� Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
Para Alckmin, a corrup��o na Petrobras e as suspeitas de cartel em S�o Paulo s�o "coisas diferentes". "Voc� tem a diretoria quase inteira da Petrobras envolvida, s�o coisas diferentes. N�s defendemos a apura��o rigorosa e puni��o."