Governo adotar� medidas dr�sticas na �rea fiscal, diz Dilma

Bras�lia - Em meio a especula��es sobre a dimens�o do ajuste fiscal para o pr�ximo ano, a presidente Dilma Rousseff disse na manh� desta segunda-feira que o governo ter� de adotar algumas medidas "mais dr�sticas" sem cortar programas sociais, mas evitou antecipar se impostos ser�o aumentados ou que tipos de despesas ser�o eliminadas.

"Vamos organizar mais a casa e preparar para a retomada (da economia)",

disse Dilma, que conversou com jornalistas durante o tradicional caf� da manh� de fim de ano no Pal�cio do Planalto.

"Temos de fazer algumas medidas mais dr�sticas. Isso n�o significa, em hip�tese alguma, que vamos reduzir os programas sociais. � compat�vel no Brasil o que n�s estamos fazendo e os programas sociais. N�s teremos de ter um controle maior sobre outros gastos e teremos de fazer algumas reformas, algumas s�o minirreformas", comentou a presidente, destacando como exemplo o Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI).

Questionada por jornalistas se o ajuste fiscal para 2015 poderia ficar na casa de R$ 100 bilh�es, Dilma respondeu: "Fui apresentada a esse n�mero pela imprensa. Esse n�mero n�o foi discutido com a presidenta. Ningu�m fez essa conta, R$ 100 bi � um chute."

Diante da insist�ncia de jornalistas pelo n�mero, a presidente brincou: "Ent�o voc�s aguardem. N�o pode ter muita pressa."

Impostos

Sobre o eventual aumento da Cide, Dilma disse que n�o discutiria o assunto durante o caf� da manh� com a imprensa. "N�o vou discutir economia aqui assim, n�o � s�rio da minha parte. Eu entendo que voc�s queiram (a informa��o), eu entendo, eu me disponho inclusive a ajud�-los. N�o posso dizer (quando sai o ajuste fiscal)", desconversou.

Na semana passada, o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy afirmou que o aumento da Cide "� uma possibilidade" em entrevista no telejornal Bom Dia Brasil. Ele afirmou que as medidas que planeja prev� estancar e reduzir gastos e aumento de impostos.

Ao final do encontro com jornalistas, Dilma defendeu os fundamentos "s�lidos" da economia brasileira e disse acreditar que a R�ssia n�o esteja � beira de uma crise financeira. "A infla��o (no Brasil) n�o saiu do controle, � bom avisar. Porque, se tivesse sa�do do controle, seria um caos. O Brasil continua com grandes reservas (internacionais)", ressaltou a presidente.