
Na �poca em que foi abordado pela Pol�cia Federal, Hilton contou que os recursos eram provenientes de doa��es de fi�is do Sul do estado. Acabou sendo expulso pela Executiva Nacional do partido. Na �poca, o senador Ant�nio Carlos Magalh�es (ACM), morto em 2007, foi contra a expuls�o, mas a maioria do comando partid�rio achou melhor tomar a atitude para se contrapor ao esc�ndalo do mensal�o petista, que ganhava for�a na imprensa e no Congresso.
No momento em que foi flagrado no aeroporto, Hilton estava acompanhado do vereador do PL em Belo Horizonte Carlos Henrique da Silva, tamb�m pastor da Universal. Os dois estavam numa aeronave particular e vinham de Po�os de Caldas. O Departamento de Avia��o Civil havia alertado a Pol�cia Federal de que o avi�o transportava dinheiro. Quando desembarcaram, os dois foram imediatamente abordados. A libera��o das malas e dos pol�ticos foi autorizada pelo delegado executivo da PF em Minas, Domingos Pereira dos Reis.
Em 2012, Hilton foi candidato a prefeito de Contagem (MG). N�o obteve sucesso. Na �poca, declarou possuir R$ 626 mil, contra os R$ 669 mil informados este ano, que incluem uma resid�ncia e um autom�vel VW Jetta. Em 1998, declarou apenas uma linha de telefone celular, sem informar os valores, quando disputou uma vaga de deputado estadual pelo PST. Em 2002, um apartamento, um Gol e um Vectra. Nas �ltimas elei��es, ele teve R$ 496 mil em doa��es recebidas. A maior parte veio do comit� financeiro do PRB, mas com origem em empresas como JBS S.A., Bradesco, Construtora Queiroz Galv�o e Cervejaria Petr�polis.
Nos tr�s mandatos em que esteve na C�mara, Hilton, presidente regional do PRB-MG e l�der da legenda na Casa, gastou R$ 1,77 milh�o do cot�o, entre 2009 e este ano. O cot�o � uma verba multiuso para pagar despesas como alimenta��o, hospedagem, combust�veis e passagens a�reas.
Ontem, a assessoria de imprensa do novo ministro afirmou que n�o houve nenhuma abertura de inqu�rito ou processo em raz�o da apreens�o do dinheiro. O deputado era respons�vel pelo setor de arrecada��o da igreja e seria feita uma remessa de valores no fim de semana de BH para S�o Paulo.
Gracie em comit� da Petrobras
Bras�lia – A Petrobras aprovou a cria��o de um comit� especial de interlocu��o entre a estatal e os escrit�rios de advocacia contratados para conduzir as investiga��es internas de irregularidades na petroleira. O membro brasileiro do colegiado, que ter� linha direta com o Conselho de Administra��o da empresa, ser� a tucana Ellen Gracie, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O integrante estrangeiro anunciado foi Andreas Pohlmann, que atuou na Siemens de 2007 a 2010. H� ainda um diretor de Governan�a, Risco e Conformidade que ainda n�o foi nomeado.
Em comunicado, a petroleira informou que cabe ao comit� aprovar o plano de investiga��o, receber e analisar os dados encaminhados pelos escrit�rios, assegurar que a investiga��o mantenha a independ�ncia, implementar recomenda��es feitas pelos advogados contratados e elaborar relat�rio final com as conclus�es do trabalho. O colegiado far� tamb�m recomenda��es em rela��o �s pol�ticas internas da estatal e procedimentos relativos � investiga��o.
Para agilizar os trabalhos, o comit� iniciar� as atividades com a atua��o dos dois membros independentes. “O diretor de Governan�a, Risco e Conformidade passar� a integrar o grupo t�o logo seja nomeado”, comunicou a empresa.
Na mesma nota, a Petrobras ressaltou a compet�ncia e a seriedade da ministra aposentada do STF. “� reconhecida dentro e fora do Brasil por ser grande jurista com vasta experi�ncia na an�lise de quest�es jur�dicas complexas”, ressaltou a estatal. Andreas Pohlmann � formado em direito pela Universidade Goethe, em Frankfurt, e tem doutorado pela Universidade Tubingen, tamb�m na Alemanha.