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Estado de Minas

C�mara reage por missa sobre caso de corrup��o

O padre passou a ser santo para uns e herege para outra parcela da popula��o por causa do serm�o feito nas missas de fim de ano


postado em 09/01/2015 09:49 / atualizado em 09/01/2015 10:02

Pereira Barreto - O nome do padre Maximiano Pelarin Neto est� na boca do povo de Pereira Barreto, cidade de 25 mil habitantes a 600 km de S�o Paulo. Passou a ser santo para uns e herege para outra parcela da popula��o por causa do serm�o feito nas missas de fim de ano sobre um caso de corrup��o local investigado pelo Minist�rio P�blico.

Parece que o pecado foi cometido por 11 vereadores da cidade e 13 funcion�rios da C�mara Municipal hoje acusados de manter um esquema com funcion�rios fantasmas na Casa por um ano. Eles respondem a 13 a��es civis p�blicas, por improbidade administrativa, e a tr�s a��es criminais, por forma��o de quadrilha, falsidade ideol�gica e peculato.

"Eles criaram cargos de confian�a e ainda forjaram controle de frequ�ncia para constar presen�a dos servidores que n�o compareciam ao trabalho", disse o promotor Robson Alves Ribeiro, autor das a��es, que cobram R$ 1,6 milh�o.

Apesar de padre Maximiano afirmar que n�o citou nomes e nem acusou nenhum dos vereadores de rela��o com fantasmas desde o altar da Igreja S�o Francisco Xavier, seu castigo caiu como um raio sobre sua cabe�a. Nove dos 11 vereadores da C�mara aprovaram uma mo��o de rep�dio endere�ada ao bispo que o chefia, pedindo sua puni��o, por acus�-los sem provas e de fazer discurso pol�tico em local impr�prio.

Aos c�us ele roga e dos inquisidores ele se defende, refor�ando que orar sempre foi tamb�m uma forma de fazer pol�tica, desde Conf�cio e Brahma, quando Jesus nem pensava em pescar. "Quem est� com a investiga��o � o Minist�rio P�blico, mas tamb�m � minha miss�o como sacerdote, colocar a popula��o a par da situa��o", justificou o padre.

O presidente da C�mara, Laerte Ven�ncio Alves (PR), n�o entende assim. Ele diz que a mo��o � pelo fato de o padre "falar de pol�tica em um lugar destinado � ora��o". "Ele deveria esperar a senten�a para dizer que os vereadores s�o desonestos e que h� corrup��o na C�mara", aconselhou Alves, embora a Justi�a tenha exonerado 11 assessores e bloqueados os bens dos acusados para garantir o ressarcimento ao er�rio.

O bispo de Jales (SP), dom Luiz Dem�trio Valentini, disse que vai esperar o padre retornar das f�rias para ver o que houve.

Enquanto isso, os moradores se mobilizam. Centenas deles fizeram uma carreata, poucos dias atr�s, de apoio ao padre. "O padre tem toda a raz�o de falar sobre esse assunto com seus fi�is", defendeu o comerciante Roberto Oliveira, dono de uma pequena loja no centro da cidade.


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