Teresina, 13 - O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) ironizou nesta ter�a-feira, 13, a defesa da CPI por seu advers�rio na corrida pela presid�ncia da C�mara, Eduardo Cunha, l�der do PMDB. "Defender uma CPI de forma gen�rica � uma tentativa de se credenciar. Por que algu�m defende tanto uma CPI? J� teve senador muito eloquente pedindo CPI, que depois foi flagrado na Opera��o Cachoeira", ironizou o petista no Piau�, onde fez campanha.
Chinaglia comparou Cunha ao ex-senador Dem�stenes Torres (ex-DEM-GO), cujo discurso era pontuado por cr�ticas a pol�ticos desonestos e teve seu mandato cassado em 2012 por envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, alvo da Opera��o Monte Carlo - que desarticulou uma organiza��o criminosa em quatro Estados e no Distrito Federal.
A rea��o de Chinaglia surge ap�s Cunha prometer assinar a cria��o de uma nova CPI mista da Petrobras caso seja eleito presidente da C�mara e defender a ades�o da bancada do PMDB. O peemedebista vinha dizendo que quem � contra uma nova CPI "� porque est� com medo".
Segundo o candidato do PT, "para defender que deveria ter uma nova CPI, algu�m teria que ter conhecimento sobre at� onde v�o as informa��es do caso". Para defender uma nova CPI, teria que ter o chamado fato determinado", afirmou.
Cunha foi citado nos depoimentos da dela��o premiada do doleiro Alberto Youssef como "benefici�rio de propinas" do esquema de corrup��o e desvios da Petrobras. Os pagamentos eram feitos via empres�rio Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como operador do PMDB no esquema.
Na segunda-feira, 12, contudo, o advogado de Youssef Antonio Figueiredo Basto desmentiu as acusa��es e afirmou que o doleiro n�o conhece Cunha e n�o fez pagamentos para ele.
Divis�o
Sobre a disputa na C�mara, Chinaglia afirmou que existe muita divis�o entre os parlamentares.
"Eu diria que quase todas as bancadas se dividem na elei��o da C�mara. Ser da base n�o anula diverg�ncias. Ali n�o � vota��o na pessoa jur�dica, � na pessoa f�sica. Os deputados escolhem aquele que entendem ser o que vai conduzir melhor a C�mara. Vai haver divis�o na base e na oposi��o tamb�m. � normal. A elei��o na C�mara n�o � uma continuidade da disputa das elei��es gerais."
O candidato petista acredita que a reforma pol�tica deve ser votada ainda este ano. Ele j� foi presidente da C�mara de 2007 a 2008, quando a reforma entrou na pauta de vota��o.
"Os dois �nicos partidos que foram do come�o ao final defendendo o projeto inicial do deputado Ronaldo Caiado (DEM) da reforma pol�tica foram o PT e o DEM. Na hora que caiu na pauta o financiamento p�blico e lista pr�-ordenada, n�o evoluiu."