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Estado de Minas

Bloco do PSB, PPS, PV e SDD ter� estatuto de federa��o e posi��o �nica em 2016

O vice-governador de S�o Paulo e presidente estadual do PSB foi um dos principais articuladores da federa��o


postado em 22/01/2015 12:13 / atualizado em 22/01/2015 12:42

S�o Paulo - O bloco formado por PSB, PPS, Solidariedade e PV se prepara para atuar como uma federa��o de partidos. Apesar dessa figura jur�dica n�o existir no Brasil, ela existir� politicamente a partir de um estatuto de "boa vontade" firmado pelas legendas, conforme relatou M�rcio Fran�a.

O vice-governador de S�o Paulo e presidente estadual do PSB foi um dos principais articuladores da federa��o, cujo intuito � ter uma posi��o �nica de apoio e candidaturas �nicas em todos os munic�pios nas elei��es de 2016. "Vamos ter um estatuto pr�prio, de federa��o, e vamos ter uma decis�o �nica no Brasil", disse Fran�a. "Vamos experimentar essa conviv�ncia".

Fran�a disse que n�o houve um convite formal da federa��o � senadora Marta Suplicy (PT), mas disse que senadores do PSB est�o em contato com ela desde o ano passado e que ela seria um quadro muito bom para disputar a prefeitura da capital paulista pelo grupo. O vice-governador falou tamb�m sobre a situa��o nacional do PSB ap�s a morte de Eduardo Campos, no ano passado. Para ele, apesar de haver for�as dentro da legenda trabalhando para o retorno � base governista, o PSB n�o deve voltar a compor o governo Dilma Rousseff (PT). "Seria um desprest�gio � mem�ria de Eduardo", afirmou. Veja os principais trechos da entrevista:

Como um dos principais articuladores do bloco formado por PSB, PPS, Solidariedade e PV, como responde �s cr�ticas de que n�o h� identidade entre essas legendas?

O objetivo do bloco � juntar coisas que n�o s�o id�nticas, mas que t�m semelhan�as. Somos partidos m�dios, de independ�ncia ou oposi��o ao governo, temos uma origem mais � esquerda que � direita. S�o tr�s pontos j� importantes. O que importa � que peixe grande come peixe pequeno. Peixe grande n�o como peixe grande. Na medida em que temos 67, 68 deputados, n�s ficamos do tamanho do PSDB, do PT e do PMDB.

N�o ser� dif�cil administrar os interesses dentro desse bloco, principalmente com vistas �s elei��es municipais de 2016?


Uma constru��o como essa tem que ser feita de forma antecipada, que � o que estamos fazendo. Fizemos na frente de todo mundo, j� no ano passado inauguramos a federa��o. Ali�s, o bloco, mas no formato de federa��o. Vamos ter um estatuto pr�prio, de federa��o, e vamos ter uma decis�o �nica no Brasil.

Em todas as prefeituras haver� um candidato �nico ou posi��o �nica da federa��o?

Em todas, nas cinco mil e quinhentas. � o pre�mbulo. Claro que, se em determinado lugar houver duas figuras nossas de igual tamanho e que valha a pena ter duas candidaturas em vez de uma, a federa��o pode abrir uma exce��o, mas a regra ser� posi��o �nica em todo o Brasil. Fizemos uma conta preliminar e, em 80% dos munic�pios, h� um cen�rio consolidado.

Esse estatuto j� foi escrito, j� foi aprovado pelos quatro presidentes?


O esbo�o geral j�, mas ainda n�o redigimos artigo por artigo. No mundo jur�dico, a federa��o n�o existe, mas isso n�o importa. � como uma fus�o pol�tica, mas desprendida administrativamente. Porque ter�amos problemas, por exemplo, com o fundo partid�rio. Cada partido continua com suas funda��es, com seus presidentes, com seu dinheiro, mas temos um estatuto de 'boa vontade'.

Como ser� a estrutura dessa federa��o?

Haver� uma executiva nacional da federa��o, composta por tr�s membros de cada partido. Esses 12 membros v�o ter poder de decidir, de enquadrar para baixo nas esferas estaduais e municipais. Em Curitiba, por exemplo, tem um nome forte do PPS, do Rubens Bueno, que � l�der, tem um nome forte nosso, do ex-prefeito Luciano Ducci, e do Solidariedade, que � o (Felipe) Francischini, e nem sei se tem do PV. Mas j� de cara tem uma cidade assim. Por isso, tem que ter uma regra. Em cada caso, � feito um acordo municipal, se n�o houver consenso, qualquer uma das partes pode recorrer para a esfera estadual, tudo com 48 horas para a decis�o. Se n�o houver consenso, em 48 horas recorre-se para a estrutura nacional. Vamos experimentar essa conviv�ncia.

Em S�o Paulo o cen�rio j� est� tra�ado?

Estamos pensando. Teria uma s� pessoa 'natural' que seria a Luiza (Erundina), mas me parece que ela n�o quer. Pelo que ou�o e leio, eventualmente a Marta (Suplicy) poderia ser uma chance de candidatura.

Por qual legenda?


Ela pode escolher para onde ela quer ir. Em qualquer um dos partidos ela teria apoio dos quatro, estaria com patamar de tempo de televis�o suficiente. Mas n�o tem sentido a gente ficar fazendo press�o, at� porque ela est� saindo de outro partido (PT).

Houve um contato formal da federa��o ou do PSB com a Marta?


N�o, mas os nossos senadores, o pr�prio Rodrigo Rollemberg (governador do Distrito Federal), conversaram com ela no ano passado. Ela disse que o PSB era uma op��o simp�tica para ela. Tamb�m n�o vejo muito mais para onde ela possa ir. Uma pessoa de esquerda como ela n�o vai para um partido de direita. Mais � esquerda teria um PCdoB, por exemplo, mas � da base do governo e ela ficaria amarrada na engrenagem do governo. Ent�o, acho que a federa��o seria uma boa sa�da para ela.

O senhor pretende conversar com a Marta?

Sim, se ela quiser, converso com ela, tenho muito prazer. Ela � uma senadora da Rep�blica, al�m de tudo. Sinto que esse dia est� chegando. Acho que ela vai cumprir alguns rituais, mas depois de tudo que falou, n�o vejo mais como ela continuar no PT. Claro que sair do PT n�o � f�cil, mas a marca da Marta sempre foi um certo arrojo. Se ela fizer essa migra��o, ser� um nome relevante na disputa com (Fernando) Haddad (PT), (Celso) Russomanno (PRB). � um bom nome para disputar a prefeitura, sem d�vida.

Existe um n�cleo do PSB pressionando para que o partido deixe a posi��o de "independ�ncia" e volte � base do governo, principalmente no Senado. O PSB pode voltar a integrar o governo Dilma?

Esse n�cleo do partido ter� muita dificuldade em fazer um retorno porque isso, no fundo, daria a sensa��o que a morte do Eduardo (Campos) foi em v�o. Ele morreu na luta contra essa posi��o do governo. Voltar, por causa de meia d�zia de cargos, seria um desprest�gio � mem�ria do Eduardo.

O senhor v� for�a pol�tica para mudar isso?


Relevante, n�o vejo. Eu diria que essa posi��o (de voltar ao governo) � 20% do partido.

O PSB n�o corre o risco de, na oposi��o, virar uma linha auxiliar do PSDB?

Corre, como corria de ser linha auxiliar do PT. N�o vamos passar de um partido m�dio a grande de supet�o, em uma elei��o nem em duas. Est�vamos planejando fazer isso em tr�s, h� doze anos. E fizemos. Eduardo seria presidente da Rep�blica, na minha vis�o. Ou se credenciaria para ser o futuro presidente, em 2018. Agora vamos ter que refazer. Temos governadores, temos vice-governo em S�o Paulo, temos algumas posi��es que s�o 'nacionais'. Uma outra hora surgir� de novo outra possibilidade para estar posicionado de novo.

O senhor se aproximou muito de Geraldo Alckmin, � hoje vice do governador. Acha que ele � o potencial candidato do PSDB para 2018?

� precipitado falar qualquer coisa agora, mas qualquer governador de S�o Paulo � sempre um nome credenciado para disputar a Presid�ncia. As obras f�sicas do governador s�o obras muito impactantes, o metr�, o Rodoanel, rodovia dos Tamoios. A vit�ria do A�cio (Neves) em S�o Paulo, acachapante, e a derrota em Minas d� uma sensa��o de que o Geraldo, se quiser disputar, vai ter muitas condi��es. E penso tamb�m que, depois dessa turbul�ncia com den�ncias todo dia envolvendo a Petrobras, as pessoas podem procurar por algo mais est�vel. E isso tem o jeito do governador, de um governo que voc� sabe que � reto. Mas, como A�cio veio de uma campanha muito forte, com vota��o alta, essa � uma tarefa que o PSDB vai ter que matar.

A quest�o da �gua pode prejudicar o segundo mandato de Alckmin?

Claro que isso pode impactar, mas o paulista tem no��o que a estiagem n�o � culpa do governador. O que tecnicamente � poss�vel fazer est� sendo feito. E acho que, com especialistas mais aprimorados ainda, eles est�o encontrando solu��es.

O senhor se v� como um sucessor de Alckmin no governo estadual?


Me vejo como um aprendiz dele ainda. � muito cedo para falar disso. Meu principal objetivo � fazer do atual governo Alckmin o melhor governo dele. O resto, as consequ�ncias, o tempo vai dizer.


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