Bras�lia, 22 - O corte promovido pela equipe econ�mica no or�amento do governo, levou a uma situa��o de pen�ria em in�meras embaixadas pelo mundo a fora. Em pa�ses que v�o de Estados Unidos e Jap�o, at� Benin, na �frica Ocidental, as embaixadas e consulados est�o funcionando com restri��o de consumo de combust�vel, corte de luz, �gua, telefone e internet, e diplomatas est�o se vendo obrigados a usar seus sal�rios para pagar contas essenciais para funcionamento da representa��o do governo brasileiro no exterior.
O Itamaraty promete para os pr�ximos dias a solu��o para o problema e informa que os recursos foram recebidos na semana passada e de l� para c� estava realizando os procedimentos de processamento de c�mbio.
Nesta quarta-feira, 21, os recursos teriam sido liberados e em at� 48 horas, espera-se que tenham chegado �s embaixadas para que as pend�ncias sejam cobertas. Mas o Itamaraty ressalva que todo o governo est� trabalhando com contingenciamento de recursos, determinado pela equipe econ�mica, que restringiu os repasses a 1/18 do or�amento previsto para o m�s. Desde novembro recursos n�o s�o repassados �s representa��es diplom�ticas.
Em e-mail enviado ao Itamaraty, que acabou vazando na internet, o encarregado de neg�cios da embaixada do Benin, na �frica, Jo�o Carlos Falzeta Zanini, relata os problemas que est� enfrentando com a forte restri��o or�ament�ria.
Ele inicia a comunica��o informando que ap�s interrup��o no fornecimento de energia da embaixada, pagou, com recursos pessoais, a fatura do m�s de novembro e que fez o mesmo com a conta de telefone que tamb�m estava atrasada.
Depois que ressaltar que disp�e de apenas US$ 83,00 em caixa e que o gasto semanal para o abastecimento dos geradores da embaixada � estimado em aproximadamente U$ 180,00, Zanini informa que "n�o tem mais condi��es de manter os geradores em opera��o e que come�ar� a reduzir as atividades do dia e a liberar os funcion�rios".
Em seguida, ele explica que "o desconforto n�o � t�o relevante se comparado � preocupa��o com a sa�de" j� que o posto � localizado em cidade onde "a mal�ria � end�mica e o ar-condicionado serve de poderoso inibidor da prolifera��o do mosquito".
Zanini cita ainda que todos os dias, por uma ou duas horas, � obrigado a usar velas e de lanterna por falta de dinheiro pra comprar combust�vel para o gerador e que quando a press�o da �gua se esgota, � obrigado a usar gal�es de �gua comprados no supermercado para higiene pessoal.