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Estado de Minas

Doleiro vai alegar que desvio bancava 'projeto de poder'


postado em 24/01/2015 08:49

Bras�lia, 24 - A equipe de advogados de Alberto Youssef, considerado um dos l�deres do esquema de desvios da Petrobras, vai concentrar a defesa na alega��o de que o doleiro serviu apenas como uma pe�a no sistema pol�tico criado para dar sustenta��o ao projeto de poder do PT.

O documento deve ser apresentado � Justi�a Federal do Paran�, onde tramitam os processos da Lava Jato, na pr�xima ter�a-feira. "� um projeto de poder para sustenta��o do PT. N�o h� d�vida disso. Vou citar isso na pe�a, claro. N�o tem d�vida. PT e a base aliada como PMDB, PP", diz o advogado Ant�nio Augusto Figueiredo Basto. "� a corrup��o sustentando um esquema de poder. N�o h� menor d�vida de que esse esquema � um grande sistema de manuten��o de grupos pol�ticos. Vamos sustentar isso na nossa defesa. Meu cliente foi mera engrenagem. N�o era a pe�a fundamental do esquema."

Na dela��o realizada por Youssef no �mbito da Lava Jato, ele citou pol�ticos como benefici�rios do esquema da Petrobras. Confirmou tamb�m a partilha de desvios de contratos com as empreiteiras entre tr�s partidos: PT, PMDB e PP.

O posicionamento de Figueiredo Basto ocorreu um dia depois de os advogados do empres�rio G�rson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia, afirmarem em documento entregue � Justi�a Federal que a Petrobras foi usada para bancar o "custo alto das campanhas eleitorais" e para financiar a base de apoio do governo federal nos "�ltimos 12 anos".

Segundo a defesa de Almada, preso pela Opera��o Lava Jato desde 14 de novembro de 2014, "a Petrobras foi escolhida para gera��o desses montantes necess�rios � compra da base aliada do governo e aos cofres das agremia��es partid�rias".

O esquema de pagamento de propina a parlamentares, em troca de apoio ao governo, descrito pelos defensores, se assemelha ao ocorrido no processo do mensal�o, que levou integrantes da c�pula do PT e da base � pris�o.

O advogado de Youssef ressalta que n�o h� combina��o na linha de defesa com outros defensores. "N�o h� nenhuma harmonia entre as defesas, trabalhamos de forma individual. O que h� � a verdade, o esquema vem de cima. Agora todo mundo j� est� falando porque � not�rio, as empreiteiras est�o servindo de bode expiat�rio. � verdade que n�o tem inocente nesse jogo, ningu�m foi extorquido, achacado, todos entraram de forma consciente. Mas � evidente que, se o sistema n�o funcionasse, haveria preju�zos para as empreiteiras. Vinha de cima e era para sustentar, sim, um esquema pol�tico. Se voc� n�o tem os corruptos, n�o tem esquema. E quem nomeava os corruptos? Os pol�ticos. � uma l�gica irrefut�vel", diz Basto.

Apesar da tentativa de associar o esc�ndalo apenas ao PT e aos partidos da base, as investiga��es apontam que o esquema tamb�m abasteceu o PSB e o PSDB. Depoimentos do ex-diretor Paulo Roberto Costa na dela��o premiada citam o nome de S�rgio Guerra, ex-presidente do PSDB morto no ano passado, que teria "extorquido" a Petrobras em 2010 e pedido R$ 10 milh�es para encerrar a CPI mista que investigava a estatal na �poca.

Al�m disso, Costa tamb�m mencionou o repasse de R$ 20 milh�es para o caixa 2 da campanha de Eduardo Campos (PSB) ao governo de Pernambuco em 2010.

Al�m da apresenta��o da defesa na pr�xima semana, os advogados de Youssef preparam um segundo documento para ser apresentado no in�cio de fevereiro para que o doleiro passe a cumprir pena em regime domiciliar. Youssef est� preso desde mar�o do ano passado, em Curitiba. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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