Al�m de garantir pena m�xima de cinco anos de pris�o, o doleiro Alberto Youssef ter�, com sua dela��o premiada, uma vantagem financeira ao fim da Opera��o Lava-Jato. No acordo, a sua defesa conseguiu a inclus�o de uma cl�usula de performance, a chamada taxa de sucesso, na qual ele receber� 2% de todo o dinheiro que ajudar a recuperar. Caso a Justi�a consiga, com apoio de Youssef, colocar as m�os na fortuna de R$ 1 bilh�o que circularia em para�sos fiscais, o doleiro embolsar� R$ 20 milh�es no final da a��o.
O valor � metade de todos os recursos confiscados pela Justi�a em nome de Youssef, acusado de criar empresas de fachada para enviar ao exterior dinheiro desviado por empresas envolvidas no esquema de corrup��o na Petrobras. Al�m de im�veis e carros de luxo, a PF apreendeu R$ 1,8 milh�o no escrit�rio do doleiro em S�o Paulo. O acordo de dela��o premiada foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal em dezembro do ano passado.
A cl�usula de performance de Youssef � de 1/50. Ou seja, ele receber� R$ 1 milh�o para cada R$ 50 milh�es recuperados. A chamada taxa de sucesso � comum nas opera��es do mercado financeiro. “N�o se trata de privil�gio, pelo contr�rio, tudo foi negociado com a Justi�a estritamente dentro da lei. A dela��o � premiada, portanto, pressup�e vantagens ao meu cliente”, disse Antonio Figueiredo Basto, que defende Youssef.
Em dezembro, ao denunciar 36 suspeitos no esquema, o MPF pediu ressarcimento de R$ 1 bilh�o aos cofres p�blicos, justamente o valor que pode ser recuperado com a ajuda de Youssef. Segundo Basto, foi com a ajuda de Youssef que os procuradores conseguiram chegar �s empreiteiras e aos envolvidos no esquema. O doleiro forneceu ao MPF os nomes dos 11 executivos de empreiteiras que est�o presos e uma lista com 60 pol�ticos.
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Dela��o pode render R$ 20 milh�es a investigado
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