Bras�lia - Em depoimento previsto para ocorrer no in�cio da tarde desta quarta-feira, 28, na Pol�cia Federal do Paran�, o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerver� permanecer� calado. O depoimento foi agendado para que Cerver� falasse sobre o processo de compra da refinaria de Pasadena, Texas (EUA), ocorrido em 2006 pela estatal.
"Est� marcado um depoimento mas a orienta��o � de que ele fique calado enquanto n�o for julgada a suspei��o do juiz S�rgio Moro pelo Tribunal Regional Federal", afirmou
o advogado de Cerver�, Edson Ribeiro.
A defesa de Cerver� ingressou com peti��o junto � Justi�a Federal alegando que o juiz S�rgio Moro, respons�vel pela condu��o dos processos no Paran�, n�o teria compet�ncia para dar prosseguimento no julgamento do envolvidos no esquema de desvio ocorrido na Petrobras. N�o h� previs�o de quando poder�o ser julgadas as peti��es. "N�o quero legitimar nada no Paran�.
Temos duas exce��es: uma de compet�ncia e outra de suspei��o. Enquanto o tribunal n�o se pronunciar sobre isso, Nestor Cerver� n�o falar� mais. Sobre nada", ressaltou Ribeiro.
Entre os argumentos apresentados pelo advogado contra S�rgio Moro est� o de que a investiga��o foi realizada na Petrobras, que tem sede no Rio de Janeiro. A defesa tamb�m afirma que Moro em a��o anterior se autodeclarou suspeito para processar e julgar Alberto Youssef, considerado como pe�a-chave do esquema de desvios ocorridos na Petrobras. Essa mesma linha de "ataque" ao juiz foi tomada pelos advogados do lobista Fernando Soares, suspeito de operar o desvio de recursos nos contratos de obras em favor do PMDB. Ontem, a defesa do lobista tamb�m apresentou peti��es junto � Justi�a Federal alegando "suspei��o" de Moro para conduzir o processo tendo como base argumentos similares.
Acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema de desvios bilion�rios na estatal, Nestor Cerver� foi preso no �ltimo dia 14 ap�s desembarcar no Rio de Janeiro. De l� para c�, ele chegou a prestar depoimentos junto � for�a-tarefa respons�vel pela condu��o das investiga��es da Lava Jato.
Em um deles, ocorrido no dia seguinte � pris�o, Cerver� afirmou que a compra dos navios-sonda de perfura��o mar�tima, que teriam sido alvo de propina de US$ 30 milh�es segundo a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, foi feita "fora de procedimento licitat�rio" e aprovada pela Diretoria Executiva da estatal, "composta por seis diretores e o presidente, a quem cabe examinar a compra de equipamentos e constru��o de refinarias e gasodutos".