A presidente Dilma Rousseff comemorou o restabelecimento das rela��es entre os Estados Unidos e Cuba, mas defendeu o fim do embargo econ�mico do pa�s norte-americano � ilha. Ao discursar em sess�o plen�ria da C�pula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), ela tamb�m defendeu a cria��o de um f�rum composto por empres�rios dos pa�ses-membros como parte de um projeto de coopera��o regional para enfrentar os problemas da economia internacional e retomar um crescimento “robusto”.
"N�o podemos esquecer, todavia, de que o embargo econ�mico, financeiro e comercial dos EUA a Cuba, ainda continua em vigor. Essa medida coercitiva, sem amparo no direito internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do pa�s, deve, tenho certeza, do ponto de vista de todos pa�ses aqui representados, ser superada", declarou. H� exatamente um ano, e em outras ocasi�es antes da normaliza��o das rela��es, a presidente havia se manifestado no mesmo sentido .
Dilma ressaltou ainda a "importante contribui��o" do papa Francisco no restabelecimento das rela��es entre Cuba e EUA. O an�ncio da normaliza��o das rela��es entre os dois pa�ses � um dos temas que ser�o discutidos na c�pula, ao lado da aproxima��o do bloco com a China, que prometeu duplicar o interc�mbio comercial com a regi�o e investir US$ 250 bilh�es na pr�xima d�cada.
Dizendo-se consciente de que a recupera��o da economia mundial n�o ocorre com a for�a esperada, a presidenta declarou que a situa��o de baixo crescimento, queda no pre�o das commoditties e aprecia��o do d�lar vai exigir "cautela e esfor�o" dos pa�ses da Am�rica Latina e do Caribe para estimular a competitividade na regi�o.
Na opini�o de Dilma, alguns subs�dios "distorcem o com�rcio internacional" e as rea��es provocam "escaladas tarif�rias" que dificultam as exporta��es de pa�ses em desenvolvimento. "Diante desse quadro torna-se urgente nossa coopera��o, priorizando o com�rcio intrarregional e, ao mesmo tempo, sempre que poss�vel, estimulando o desenvolvimento e a integra��o de nossas cadeiras produtivas", defendeu.
Ap�s citar f�runs da comunidade com a China e com a Uni�o Europeia e pregar que a integra��o come�a prioritariamente pelos vizinhos, a presidente prop�s a constitui��o de um f�rum de empres�rios da Celac com a participa��o dos governos e das empresas. "Seu objetivo ser� desenvolver o com�rcio, aproveitar as oportunidades diversificadas que nossas economias oferecem, e estimular, quando poss�vel, a integra��o produtiva, promovendo nossas rela��es com o resto do mundo”, explicou.
A presidente participa da 3ª C�pula da Celac em San Jose, na Costa Rica, at� amanh� (29). O evento re�ne chefes de Estado, de Governo e chanceleres dos 33 pa�ses americanos, com exce��o dos Estados Unidos e do Canad� (que n�o s�o de origem latina). Presidentes do Uruguai, Jos� Pepe Mujica, de Cuba, Raul Castro, da Venezuela, Nicol�s Maduro, e do Chile, Michele Bachelet, est�o no pa�s para o encontro.
Ap�s a reuni�o, Dilma se re�ne reservadamente com os l�deres da Col�mbia, Juan Manoel Santos, e do Panam�, Juan Carlos Varela, e participa de jantar em homenagem aos chefes de Estado e de Governo oferecido pelo anfitri�o, Luis Guillermo Solis Rivera, presidente da Costa Rica. Nesta quinta-feira (29), as lideran�as se recolhem em um retiro e participam da transfer�ncia da presid�ncia pro-tempore do bloco, da Costa Rica ao Equador.