Bras�lia - Depois de designar aos ministros contemplados com pastas na Esplanada que interviessem em seus partidos em favor do candidato do governo a presidente da C�mara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), as bancadas-alvo dessa miss�o articulam a forma��o de um "megabloco" de apoio � candidatura do l�der do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), tido como favorito na disputa deste domingo.
Os pr�prios integrantes dos partidos do bloco em forma��o admitem que n�o garantir�o a Cunha os 256 votos que as bancadas dessas legendas somam. Um dos l�deres partid�rios acredita poder chegar a 240 votos, apesar de partidos como o PR estarem divididos entre Cunha e Chinaglia. Tamb�m h� d�vidas quanto � ades�o de todos os membros do G-10. O PEN, por exemplo, com apenas dois parlamentares, deve aderir a Chinaglia.
Caso as negocia��es avancem, o grupo ser� anunciado no fim da semana, mas s� ser� oficializado no domingo. Uma vez consolidado e vitorioso, o superbloco garantir� primazia do PMDB, PP, PR e PTB nas escolhas dos principais cargos da Mesa Diretora.
Almo�o
Ontem, ministros foram a campo para tentar atrair o apoio de suas bancadas a Chinaglia. Em um almo�o em Bras�lia, os petistas ofereceram espa�os na Mesa Diretora e nas comiss�es em troca da forma��o de um bloco pr�-Chinaglia. O encontro reuniu dirigentes de oito partidos (PT, PDT, PC do B, PRB, PSD, PROS e PSC) e os ministros Pepe Vargas (Rela��es Institucionais), Ricardo Berzoini (Comunica��es), Antonio Carlos Rodrigues (Transportes), Gilberto Kassab (Cidades) e Gilberto Occhi (Integra��o Nacional). PR, PP e PRB ficaram de discutir suas posi��es e anunciar suas decis�es at� s�bado, v�spera do pleito.
O PDT j� � dado como certo no grupo pr�-Chinaglia. Se confirmadas as novas ades�es, o petista elevaria o n�mero de votos de 149 para 231 e, pelos c�lculos dos governistas, Chinaglia poderia vencer a elei��o em 2.º turno com at� 280 votos.
Cunha chamou de "desespero" o encontro. "N�o estou fazendo almo�o com ministros do PMDB. Os ministros do PMDB est�o tendo um comportamento �tico", afirmou Cunha. Para o candidato do PMDB, a interfer�ncia do governo no processo eleitoral no Legislativo cria um "descompasso" entre aliados da mesma base.
Senado
Na briga pela presid�ncia do Senado, por�m, o governo n�o quer surpresas. Ministros do PT, do PMDB e de partidos aliados, como o PP, est�o pedindo votos para Renan Calheiros (PMDB-AL), com a autoriza��o da presidente Dilma Rousseff. O argumento utilizado � o de que se aliar � candidatura Luiz Henrique (PMDB-SC) � o mesmo que passar para a oposi��o, pois os dois maiores incentivadores da candidatura dissidente s�o justamente os dois maiores advers�rios do governo: os tucanos e os democratas.
O pr�prio Renan, que s� costuma assumir a candidatura no dia da elei��o, depois que algu�m o lan�a, em plen�rio, come�ou ontem a buscar votos. Ele transformou a casa oficial do presidente do Senado, no Lago Sul, num bunker de campanha. De l� mesmo acionou o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), para seja convocada uma reuni�o da bancada peemedebista, quando dever� ser feita a escolha do candidato oficial. A reuni�o ser� marcada para sexta-feira ou s�bado.