Bras�lia, 30 - A eventual elei��o do deputado do PMDB, Eduardo Cunha, para a presid�ncia da C�mara n�o significar� "nenhum apocalipse" para o governo, na avalia��o do ministro da Defesa, Jaques Wagner, um dos integrantes da coordena��o de articula��o da presidente Dilma Rousseff
"Terremoto � sempre at� o dia do acontecimento. Depois que acontece, no dia seguinte, fazer o qu�? Recosturar as coisas", comentou o ministro, salientando que Executivo e Legislativo t�m "maturidade democr�tica suficiente para enfrentar diverg�ncias". "Todos os partidos da base aliada e da oposi��o t�m responsabilidade com a democracia. Portanto, nada vai ser um terremoto."
Segundo ele, a dificuldade n�o foi criada nem pelo PT, nem pelo governo. "Existe uma tradi��o que perpassa oito anos, de altern�ncia dos dois maiores partidos da C�mara e coincidentemente da base, para ocupar a presid�ncia da Casa. A n�o aceita��o da continuidade, desta sistem�tica, que pacificou a base, foi que criou esta situa��o. O melhor caminho � retomar a altern�ncia de dois em dois anos, que foi rejeitado pelo candidato do PMDB", declarou.
Wagner reconheceu que os ministros petistas do governo est�o trabalhando pela elei��o do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Mas lembrou que os ministros do PMDB fizeram o mesmo e defendeu que o governo tem mesmo de interferir nesta quest�o.
"Os ministros do PT, ao verem uma tentativa de estigmatizar seu partido, evidentemente entraram. Eu entrei como petista, como os ministros do PMDB se reuniram e declaram apoio a Eduardo Cunha. Isso n�o � bom, porque o governo precisa da sua base de sustenta��o unificada. Acho que a paci�ncia � a m�e dos acordos. Portanto, at� domingo, eu, pacientemente, esperarei para que o rio volte ao leito natural", comentou.