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Estado de Minas

EM Dia com a Pol�tica: Uma disputa que j� tem o derrotado

Se o peemedebista vencer, certamente n�o ser� t�o subserviente ao Planalto, depois que at� ministros foram escalados para minar a sua candidatura


postado em 01/02/2015 12:00 / atualizado em 01/02/2015 12:34

Baptista Chagas de Almeida

Fa�am as suas apostas. Quem vencer� hoje a elei��o para a presid�ncia da C�mara dos Deputados? A base governista e o Pal�cio do Planalto, sem conseguir direito despistar a ansiedade e certo temor, cantam a vit�ria de Arlindo Chinaglia (PT-SP). S� que o PMDB, que tem o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, desta vez decidiu lan�ar uma candidatura pr�pria. E Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com um pouco mais de convic��o, diz que ser� ele quem se sentar� na cadeira hoje ocupada por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

J�lio Delgado (PSB), que recebeu o refor�o do pito dado na bancada de deputados pelo presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), volta ao p�reo. Pode ser o azar�o, aquele que ganha competi��o inesperadamente contra os advers�rios considerados favoritos. No voto secreto, como � na C�mara dos Deputados, ao contr�rio da Assembleia Legislativa mineira, tudo pode acontecer.

Se dif�cil � escolher em quem apostar como vencedor na ferrenha disputa de hoje, muito mais simples e l�gico � apontar o derrotado. O governo. Ou a derrotada, a presidente Dilma Rousseff (PT). N�o � � toa que ela anda t�o preocupada com a disputa.

Se Arlindo Chinaglia ganhar, Dilma e o PT poder�o cantar a vit�ria e a for�a da base, mas v�o ficar diante do estigma do velho fantasma da vingan�a que se come em prato frio do deputado Eduardo Cunha. Se o peemedebista vencer, certamente n�o ser� t�o subserviente ao Planalto, depois que at� ministros foram escalados para minar a sua candidatura.

Se j� h� um derrotado, � preciso apontar o vencedor. A oposi��o vai comemorar qualquer que seja o resultado. Se J�lio Delgado for o vencedor, � o melhor dos mundos. Com Arlindo ou Eduardo Cunha, o Pal�cio do Planalto ter� muito trabalho. No comando da Casa ou em plen�rio.

�gua mole...
... em pedra dura, tanto bate at� que fura. Demorou, mas come�a a cair a ficha da presidente Dilma Rousseff (PT) em rela��o � perman�ncia de Gra�a Foster na presid�ncia da Petrobras. Dilma ainda titubeia, mas v�rios ministros pr�ximos da presidente j� n�o escondem mais a insatisfa��o. E mais, come�aram a fazer press�o para que ela seja demitida o quanto antes. �, com tanta corrup��o, com as a��es derretendo na bolsa de valores, j� vai tarde. Mas no Pal�cio do Planalto o mote �: antes tarde do que nunca.

O jogo do PR
O PR n�o perdeu tempo e j� definiu o l�der do partido na C�mara dos Deputados para este ano. Ser� Maur�cio Quintella, de Alagoas. E tamb�m j� tem o nome a indicar para compor a Mesa Diretora da Casa. � claro que pode haver disputa e, neste caso, o escolhido sair� no voto. Mas o candidato republicano ser� o deputado Milton Monti (PR-SP). O partido calcula que ficar� com a terceira ou a quarta secretaria, mas pode estar escondendo uma carta na manga. Os republicanos n�o dizem em p�blico, mas podem surgir com um bloco, que, dependendo do tamanho, pode at� reivindicar uma vice-presid�ncia.

Amigos fi�is
Depois de fala contundente para o partido na sexta-feira, em que chegou a argumentar que os tucanos n�o poderiam colocar a digital em um movimento que n�o se sabe onde vai terminar e pedir o voto em J�lio Delgado (PSB-MG), o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), passou a impress�o aos tucanos de conseguir impedir a debandada para outros candidatos. Alguns poucos devem votar em Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na avalia��o feita. E pelo menos dois votos tucanos o candidato petista Arlindo Chinaglia (SP) pode ter: os de Jutahy Magalh�es (BA) e Caio N�rcio (MG), por causa da amizade do pai, N�rcio Rodrigues, e do baiano com o petista.
PDT na oposi��o
O deputado estadual Alencar da Silveira J�nior (PDT) perde o amigo, mas n�o perde a piada. Ele brinca em rela��o ao governador Fernando Pimentel (PT), dizendo que s� agora ele est� chegando ao governo. “Eu � que sou governo h� muito tempo”, ironiza Alencarzinho, como � chamado pelos colegas. Mas, logo depois, Alencar da Silveira, assim mesmo, com nome e sobrenome, garante: “O PDT vai para a oposi��o”. Sobre a forma��o de blocos partid�rios, o pedetista condena a pressa. Acha que deveria ser depois de formada a Mesa Diretora. E garante: “Para ela, j� est� tudo acertado”.

Caro Carl�o
Causou certo mal-estar a aus�ncia do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que era candidato a l�der do PSDB e nem apareceu no dia da escolha de Carlos Sampaio (PSDB-BA), que foi reconduzido ao cargo. Afinal, Pestana tinha enviado carta aos colegas pedindo votos. Pestana, no entanto, fez quest�o de mandar uma longa mensagem por celular para o colega de partido. Enumerou toda a sua trajet�ria pol�tica, lembrou que foi fundador da legenda e sua experi�ncia parlamentar, que come�ou em 1982, quando se elegeu vereador. Mas, pelo menos, mostrou intimidade com o novo l�der. A mensagem come�a assim: “Caro Carl�o”.

PINGAFOGO

Pitaco de fora n�o vale. Mas, desta vez, o Financial Times tem raz�o. Em sua edi��o de ontem, cobrou explica��es da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o que ela sabia e quando soube dos malfeitos na Petrobras.

O jornal brit�nico ainda deu mais pitacos. Afirmou que a Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal deve pedir a cabe�a dos diretores da empresa e, principalmente, da presidente Gra�a Foster. E Dilma nada faz.

Si hay gobierno, soy a favor. Este sempre foi o lema do ex-deputado Lael Varella (DEM). Tanto que j� convenceu seu afilhado pol�tico, deputado estadual Doutor Wilson (PSD), que iria ficar na oposi��o, a integrar o bloco do governo.

E corre a boca mi�da que tamb�m o
ex-deputado Alexandre Silveira (PSD-MG) pode tomar o mesmo caminho. O detalhe � que Silveira e Lael Varella s�o, respectivamente, primeiro e segundo suplentes do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

“Orai e vigiai”, diz a B�blia. “Estamos orando e vigiando”, diz Eduardo Cunha (PMDB-RJ), candidato � presid�ncia da C�mara dos Deputados. Algu�m tem d�vida de que ele � evang�lico?

O ministro do Esporte, George Hilton, est� mesmo em um inferno astral. Escalado pela presidente Dilma para enquadrar os deputados do PRB para votarem em Arlindo Chinaglia (PT-SP), nada conseguiu. A bancada ratificou apoio a Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

 


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