'Ser amigo de Dilma � pior do que ser advers�rio', diz A�cio

Bras�lia, 03 - O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), considerou nesta ter�a-feira, 3, que a manuten��o de Gra�a Foster na presid�ncia da Petrobras serviu at� o momento para que a presidente Dilma Rousseff pudesse se "anistiar de suas responsabilidades". As declara��es de A�cio ocorreram logo ap�s Foster deixar o Pal�cio do Planalto, onde se reuniu reservadamente com a presidente Dilma. Elas conversaram por cerca de duas horas. "Certamente ser amigo da presidente da Rep�blica hoje � muito pior do que ser seu advers�rio. O que ela fez com a presidente Gra�a Foster n�o se faz com um inimigo. Permitiu que ela assumisse um desgaste enorme nesse �ltimo per�odo, como isso pudesse defend�-la, ou anisti�-la das suas responsabilidades. E no momento em que fica insustent�vel a presen�a da Gra�a Foster, ela anuncia ou, pelo menos, sinaliza com a sua sa�da", afirmou o tucano.

Na avalia��o do senador, Foster permaneceu no comando da estatal para "tentar limpar a cena do crime". "A presidente Dilma, num gesto at� de pouca generosidade com a sua amiga, permitiu que ela assumisse sozinha uma responsabilidade que n�o � s� dela. A responsabilidade pelos desmandos e pela corrup��o na Petrobr�s come�a muito antes da presidente Gra�a Foster. E ela, obviamente ao aceitar a miss�o e tentar limpar a cena do crime, essa express�o n�o � minha, obviamente passa a ser parte do mais triste momento da hist�ria da maior empresa brasileira", afirmou A�cio Neves.

Para a oposi��o, que articula a cria��o de uma nova Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras, o ciclo da executiva na empresa j� havia se conclu�do "h� muito tempo". "Demorou muito mais do que se esperava", avaliou o l�der do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Para o tucano, Gra�a cumpre a fun��o de "limpar" tudo o que foi feito pelo PT na empresa. "N�o tinha o menor sentido ela continuar � frente da Petrobras", declarou.

O deputado Mendon�a Filho (PE), l�der do DEM, tamb�m criticou a demora da presidente Dilma Rousseff trocar a presid�ncia da Petrobras. "� evidente que ela n�o tinha nenhuma condi��o de continuar � frente da Petrobras. Infelizmente o que o governo fez foi desgastar ainda mais a imagem da presidente da empresa e da pr�pria empresa. A Petrobras precisa de um novo comando que restaure a credibilidade da empresa e que possa devolver � Petrobras a boa governan�a, retirando o aparelhamento pol�tico", afirmou.