S�o Paulo - O tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto presta depoimento � Pol�cia Federal, em S�o Paulo, nesta quinta-feira. O mandado de condu��o coercitiva de Vaccari foi cumprido na nona Opera��o da Lava Jato, que investiga esquema de corrup��o na Petrobras.
O petista foi citado tamb�m na dela��o premiada do ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco Filho, homologada pela Justi�a Federal no Paran�. Barusco afirmou que fez uma "troca de propinas" com o tesoureiro. Ele contou que possu�a um "cr�dito" da empreiteira Schahin Engenharia, gigante que atua tamb�m nas �reas de petr�leo e g�s, mas estava encontrando dificuldades em receber o dinheiro.
O ex-gerente disse que procurou Vaccari pela boa rela��o do petista com a Schahin. A diretoria de Servi�os da Petrobras, unidade estrat�gica da estatal, era cota do PT. Por ela passam todos os procedimentos de licita��es e contrata��o da estatal. Por meio da assessoria de imprensa do PT, o tesoureiro nega ter feito troca de propinas.
Durante as investiga��es, a for�a-tarefa da Lava Jato relacionou uma suposta entrega de dinheiro para Marice Corr�a de Lima, cunhada do tesoureiro, solicitada por um executivo da empreiteira OAS, com duas movimenta��es da contabilidade do "money delivery", operado por Youssef.
Na den�ncia criminal que ofereceu contra seis executivos do Grupo OAS, em dezembro do ano passado, o Minist�rio P�blico Federal considerou como elemento de prova o cruzamento do monitoramento telef�nico do doleiro, com Jos� Ricardo Nogueira Breghirolli, com a contabilidade informal de Youssef para indicar o pagamento de valores para Marice, em dezembro de 2013.
"Di�logo travado em 3 de dezembro de 2013, no qual (Youssef e Breghirolli) combinam duas entregas a serem feitas por Youssef. A primeira, no mesmo dia 3, aos cuidados de Sra. Marice, no endere�o Rua Doutor Penaforte Mendes, 157, AP 22, Bela Vista", informando que a entrega e a mando de "Carlos Ara�jo", registra a den�ncia.
Em janeiro deste ano, um relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entregue aos investigadores da Lava Jato registrou uma movimenta��o considerada suspeita em 2009 de R$ 18 milh�es envolvendo o Sindicato dos Banc�rios de S�o Paulo, ligado � CUT, a Bancoop, cooperativa criada pela entidade cujo presidente era o atual tesoureiro nacional do PT, Jo�o Vaccari Neto, e a Planner Corretora de Valores.
Em 23 de novembro de 2009, a Bancoop recebeu R$ 18.158.628,65 do Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Banc�rios de S�o Paulo, informou o Coaf, �rg�o de intelig�ncia do Minist�rio da Fazenda. "Na mesma data, foram transferidos R$ 18.151.892,51 para a empresa Planner Corretora de Valores", registra o documento enviado � Pol�cia Federal e anexado ao processo em que foi decretada a pris�o preventiva de Nestor Cerver�, ex-diretor de Internacional da Petrobras.