O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro disse nesta sexta-feira, 6, durante reuni�o do Diret�rio Nacional do PT que precede a festa de 35 anos do partido, que a "refunda��o" defendida por ele durante o esc�ndalo do mensal�o, em 2005, � "mais atual do que nunca" mas desta vez sob outro nome: "renova��o profunda".
"A necessidade de uma refunda��o continua mais atual do que nunca. Agora a forma que estamos adotando � 'renova��o profunda' do PT. Este movimento que � representado pela Mensagem ao Partido vai continuar e toma um impulso cada vez maior", disse o ex-governador.
Ao contr�rio de 2005, quando o movimento estava diretamente relacionado ao mensal�o, Tarso diz que agora o que impulsiona a necessidade de mudan�a n�o � o esquema de propinas na Petrobras, investigado pela Opera��o Lava Jato, mas uma crise global dos partidos democr�ticos, em especial os de esquerda.
"Isso n�o � uma quest�o contingente relacionada com aqueles fatos que orientaram essa formula��o ou os fatos atuais. � que existe uma crise de perspectivas na esquerda mundial e em todo o campo democr�tico", afirmou o ex-ministro da Educa��o e da Justi�a, ressaltando que vai lutar pelas mudan�as dentro do partido. "� isso que eu, agora como militante avulso dentro do Diret�rio Nacional, vou continuar fazendo", concluiu.
Tarso voltou a defender que o PT fa�a uma investiga��o pr�pria sobre o esc�ndalo da Petrobras por meio de uma an�lise dos autos da Lava Jato. Segundo ele, isso n�o significa uma posi��o contr�ria ao tesoureiro do partido, Jo�o Vaccari Neto, que foi defendido pelo l�der m�ximo do PT, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, mas, ao contr�rio, pode ser uma chance para refor�ar a defesa do tesoureiro.
"A quest�o do Vaccari n�o � nenhuma novidade em nenhuma parte do mundo em nenhum partido. O que deve ser feito? O partido deve fazer uma investiga��o direta nos processos e a partir disso fazer um ju�zo. E o pr�prio Vaccari � o principal interessado nisso. Na forma��o do ju�zo vamos poder saber se est�o sendo manipuladas provas, informa��es. No caso concreto do Vaccari o que existe at� agora s�o meras indica��es feitas pela imprensa. Eu quero saber quais s�o as provas e a partir disso me posicionar", afirmou o ex-governador.