Bras�lia, 09 - Numa tentativa de demonstrar sintonia na condu��o das atividades legislativas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encamparam proposta para agilizar as vota��es dos vetos presidenciais no Congresso Nacional.
Os dois peemedebistas se reuniram na tarde desta segunda-feira, 9, no gabinete de Cunha para discutir a vota��o pela Mesa Diretora das respectivas Casas de um projeto de resolu��o, que estabelece a aprecia��o de vetos presidenciais por meio eletr�nico. A ideia � dar agilidade ao processo de vota��o dos vetos atualmente feito por c�dulas de papel.
No encontro, ficou acertado que os integrantes das Mesas Diretoras da C�mara e do Senado dever�o discutir sobre um mesmo projeto de resolu��o antes da pr�xima sess�o do Congresso, marcada para a primeira ter�a-feira ap�s o Carnaval.
"Tratamos de vetos e da necessidade de regulamentarmos o processo de discuss�o e aprecia��o de vetos. Isso facilitar� sem d�vida nenhuma o desempenho do Congresso neste aspecto", ressaltou Renan Calheiros.
Entre os primeiros vetos que podem ser votados no modelo eletr�nico est� o feito pela presidente Dilma na Medida Provis�ria que estabeleceu a corre��o de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa F�sica.
Na justificativa do veto, o governo alegou que o reajuste aprovado pelos congressistas na tabela "levaria � ren�ncia fiscal na ordem de R$ 7 bilh�es, sem vir acompanhada da devida estimativa do impacto or�ament�rio-financeiro, violando o disposto no art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal".
Ap�s o veto, integrantes da equipe econ�mica do governo ficaram de editar uma nova MP sobre o tema, mas at� o momento a nova proposta n�o foi encaminhada para discuss�o dos parlamentares. "Vai ser um debate pol�tico, pode ser que at� o dia em que votarmos isso tenha sido encaminhado . Acredito que isso dever� ocorrer. Obviamente o encaminhamento facilitar�, e muito, a manuten��o do veto" , avaliou Eduardo Cunha.
A iniciativa dos presidentes das duas Casas tamb�m tem como pano de fundo um recado ao Pal�cio do Planalto da "harmonia" constru�da internamente no PMDB entorno da condu��o das a��es na �rea pol�tica. H� ainda sequelas na rela��o com o governo ap�s a disputa pela presid�ncia da C�mara em que integrantes da equipe de Dilma trabalharam contra a candidatura de Cunha. Al�m disso, dentro da c�pula do PMDB a cria��o do Partido Liberal, conduzido pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e apoiado pelo Pal�cio, tamb�m � visto como uma tentativa de "destruir" o partido. "O nosso prop�sito � harmonizar uma agenda comum que ajude na produ��o legislativas. N�s n�o tratamos especificamente de nada. A minha visita demonstra sobretudo que vamos estar juntos", ressaltou Renan.