Bras�lia, 10 - Em meio ao bombardeio da oposi��o, de centrais sindicais e at� mesmo da base aliada por conta das altera��es em benef�cios trabalhistas, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Miguel Rossetto, disse nesta ter�a-feira, 10, que a presidente Dilma Rousseff apresentou � Central �nica dos Trabalhadores (CUT) um conjunto de raz�es que levaram �s modifica��es para concess�o de abono salarial, seguro-desemprego, pens�o por morte e aux�lio-doen�a. Segundo Rossetto, a presidente reafirmou na ocasi�o seu compromisso com os direitos dos trabalhadores.
"A presidente, de forma clara informou dos limites fiscais que o Pa�s tem neste momento. H� uma situa��o de limite objetivo, fiscal, e h� muito trabalho para sustentar um crescimento econ�mico ainda em 2015 e manter emprego e sal�rio nos pr�ximos anos", disse Rossetto, repetindo o tom de discurso que vem adotando nas �ltimas semanas.
Principal respons�vel pela articula��o do governo com movimentos sociais, o ministro acompanhou a audi�ncia de Dilma com o presidente da CUT, Vagner Freitas, no Pal�cio do Planalto, na tarde desta ter�a-feira. Na ocasi�o, Dilma foi convidada para participar do congresso nacional da entidade, a ser realizado ainda neste ano.
"A presidente reafirma seu compromisso com os direitos dos trabalhadores. (Na reuni�o) Apresentou as medidas provis�rias, repassou informa��es importantes em rela��o � situa��o fiscal do Brasil, repassamos um conjunto de informa��es em rela��o �s corre��es necess�rias por conta de situa��es que devem ser corrigidas e ficamos por a�", relatou o ministro, ressaltando que o governo tem confian�a em uma recupera��o econ�mica do Pa�s ainda em 2015.
Recuo
Questionado se o Planalto cogitava recuar de algumas mudan�as nos benef�cios trabalhistas, Rossetto disse que a audi�ncia n�o foi uma reuni�o de negocia��o - e sim de cortesia.
"A negocia��o se d� no espa�o adequado. Foi uma visita da CUT, um convite � presidente Dilma e houve espa�o para a troca de opini�es. Houve uma s�rie de sugest�es, alternativas levantadas pela CUT", afirmou o ministro. "A negocia��o e o di�logo se d�o no espa�o que s�o as mesas de negocia��o, que est�o em andamento."
Rossetto reiterou que o governo tem confian�a na qualidade e na necessidade das medidas. "� necess�rio assegurar o seguro-defeso (assist�ncia financeira tempor�ria concedida ao pescador que exer�a a atividade de forma artesanal) para os pescadores, mas h� conjunto de desvios que devem ser atacados e temos de corrigir eventuais desvios nesse programa", ponderou o ministro.
Na avalia��o do petista, o Pal�cio do Planalto est� tomando medidas necess�rias para sustentar uma agenda de crescimento j� em 2015. "Todos os compromissos de campanha est�o reafirmados e todos esses compromissos ser�o realizados ao longo desses quatro anos", assegurou.
De acordo com o ministro, o governo vai retomar a negocia��o com as centrais sindicais no dia 25 deste m�s, com enfoque em temas referentes ao mercado de trabalho. "Vamos concentrar a agenda no di�logo sobre como enfrentar a informalidade, como avan�ar no sistema de emprego no nosso Pa�s", disse.