S�o Paulo, 12 - Ap�s seis meses de investiga��es, o Minist�rio P�blico Federal em Santos descarta por ora a responsabiliza��o dos pilotos que conduziam o jato Cessna 560XL prefixo PR-AFA que caiu no munic�pio em 13 de agosto do ano passado.
O acidente causou a morte dos sete ocupantes, entre eles o ex-governador de Pernambuco e ent�o candidato � presid�ncia da Rep�blica Eduardo Campos.
Segundo o procurador da Rep�blica Thiago Lacerda Nobre, que acompanha o andamento do inqu�rito policial sobre o caso, ainda n�o � poss�vel apontar a causa exata da queda, embora a apura��o j� tenha permitido excluir algumas hip�teses, como a absor��o de aves pela turbina. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, "h� evid�ncias de que procedimentos de voo n�o foram respeitados quando o jato se aproximou de Santos para o pouso".
"No entanto, a repentina piora das condi��es clim�ticas na regi�o pode ter interferido na condu��o da aeronave, e n�o se sabe se os pilotos, em tr�nsito, haviam sido comunicados sobre essas mudan�as do tempo", destaca o MPF. "Sem os dados da caixa preta dispon�veis, ainda n�o foi poss�vel descobrir o conte�do do di�logo entre eles nos minutos que antecederam o acidente. Informa��es preliminares indicam que a grava��o de voz na cabine n�o foi realizada, o que dificulta a investiga��o."
O procurador destaca que o jato estava com a manuten��o em dia e que piloto e copiloto tinham habilita��o e estavam familiarizados com o equipamento. Al�m de terem treinamento para avi�es semelhantes ao Cessna 560XL, "eles j� conduziam aquela aeronave havia alguns meses e existia, inclusive, vincula��o daqueles condutores � ap�lice de seguro firmada", ressalta o procurador. Segundo regulamentos internacionais, era necess�ria a realiza��o de cursos complementares, por�m n�o houve exig�ncias da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (ANAC) nesse sentido, de acordo com as investiga��es.
Seguro
Nobre tamb�m � respons�vel pelo procedimento administrativo que visa ao pagamento de indeniza��es e � repara��o de danos materiais. O jato estava assegurado por uma ap�lice da Bradesco Seguros. O MPF ainda apura se houve inadimpl�ncia por parte dos contratantes, mas h� informa��es de que o seguro estava vigente, pois a companhia n�o comunicou oficialmente a rescis�o do contrato. O valor a ser pago pela empresa poder� se destinar �s fam�lias das v�timas e aos propriet�rios de im�veis avariados no entorno do local do acidente.