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Estado de Minas

Pagamento a pol�ticos � prova de corrup��o na Petrobras, afirma delator


postado em 12/02/2015 20:49

Bras�lia e Curitiba, 12 - Delator do esquema de corrup��o na Petrobras, o ex-diretor da petroleira Paulo Roberto Costa afirmou que "o fato de v�rios deputados e senadores terem recebido recursos e dele mesmo ter sido beneficiado � uma prova concreta de que o esquema era uma realidade." Conforme o ex-diretor, os repasses s�o a "prova da exist�ncia da verba de uso pol�tico e do repasse a parlamentares." As informa��es de Paulo Roberto no processo da Opera��o Lava Jato implicaram ao menos 28 pol�ticos do PT, PMDB e PP e as pr�prias estruturas partid�rias.

Essas siglas deram sustenta��o pol�tica para o delator comandar a diretoria de Abastecimento da Petrobras por quase oito anos, nos governos Lula e Dilma Rousseff, do PT. Em troca, segundo Paulo Roberto, recebiam um porcentual sobre os contratos assinados na sua �rea.

"Acerca da inger�ncia pol�tica na empresa, refere que em vista da sustenta��o pol�tica governamental alguns cargos junto a estatais, dentre elas a Petrobras, s�o liberados para a indica��o pelos partidos que comp�em a base aliada", afirmou, em depoimento no dia 15 de setembro do ano passado.

Segundo o delator, sua "indica��o e perman�ncia no cargo estava relacionada ao PT, PP e ao PMDB." O dinheiro da propina era distribu�do para parlamentares e partidos. O PT e o PMDB, afirmou Paulo Roberto, tamb�m lhe pediram recursos para a campanha eleitoral de 2010. No depoimento, ele n�o especificou se era para a elei��o presidencial (a petista Dilma Rousseff foi eleita para seu primeiro mandato neste ano) ou estadual.

"Os parlamentares do PP, de regra, n�o lhe faziam solicita��es de recursos a fim de que levasse o pleito �s empreiteiras, tendo recebido, entretanto, solicita��es do PT e PMDB para a campanha de 2010."

Paulo Roberto tamb�m revelou que o PT e o PMDB recebiam a propina sem qualquer "desconto." Ao contr�rio do que era repassado para o PP. Do valor pago pelas empreiteiras em troca dos contratos, 60% era destinado ao PP, 20% destinado aos custos (como a emiss�o de notas fiscais frias), e os outros 20% eram divididos entre o ex-diretor e o doleiro Alberto Youssef. "No caso de recursos destinados a outros partidos, o repasse era feito sem a cobran�a de comiss�o, apenas ressarcimento de gastos."

As principais diretorias da empresa eram controladas pelo PT: Servi�os (respons�vel por grandes investimentos, superiores a R$ 20 milh�es), Explora��o e Produ��o (maior or�amento da Petrobras) e G�s e Energia eram controladas pelo PT. "Todos os valores a t�tulo de sobrepre�o eram destinados ao PT, competindo a Renato Duque (ex-diretor de Servi�os) a aloca��o desse montante conforme as orienta��es e pedidos que recebesse do PT." O PMDB tinha a Diretoria Internacional e o PP, a de Abastecimento.

No mesmo depoimento, Paulo Roberto tamb�m afirmou que o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari, tinha "frequentes reuni�es" com Renato Duque, mas que n�o saberia dizer de forma assertiva os detalhes sobre como o dinheiro desviado chegava ao partido do governo. Em depoimento � Opera��o My Way (nona fase da Lava Jato), Vaccari afirmou que se reuniu com Duque num hotel do Rio de Janeiro algumas vezes, mas os relatou como encontros sociais.


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