O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva participa nesta ter�a-feira, 24, �s 18h, no Rio, de um ato organizado pela Central �nica dos Trabalhadores (CUT) em defesa da Petrobras. O ato, a ser realizado na sede da Associa��o Brasileira de Imprensa, � chamado "Defender a Petrobras � defender o Brasil".
No manifesto do ato, divulgado na p�gina da Federa��o �nica dos Petroleiros, os organizadores se dizem a favor das investiga��es e da puni��o de culpados, mas denunciam uma "campanha visando � desmoraliza��o da Petrobras".
O texto coloca em d�vida ainda o processo de investiga��o, capitaneado neste momento pela Pol�cia Federal, pelo Minist�rio P�blico e pela Justi�a do Paran�. Segundo os organizadores, foram empregados m�todos para a obten��o de provas que podem "levar � nulidade processual". "O devido processo legal vem dando lugar ao tr�fico seletivo de den�ncias, ofensivo � consci�ncia jur�dica brasileira, num ambiente de obscuridade processual que propicia a coa��o e at� o com�rcio de testemunhos com recompensa financeira. Na aparente busca por efic�cia, empregam-se m�todos que podem - isto, sim - levar � nulidade processual e ao triunfo da impunidade".
As cr�ticas �s investiga��es da Lava Jato no manifesto n�o s�o in�ditas. O PT critica, desde o in�cio das investiga��es, "vazamentos seletivos" de depoimentos e inclusive pediu que o Minist�rio da Justi�a apure supostas irregularidades.
O texto ressalta ainda o crescimento da empresa durante os governos do PT e diz que a Petrobras sofre "ataques especulativos". "Tudo isso ocorre em meio a tremendas oscila��es no mercado global de energia, num contexto geopol�tico que afeta as economias emergentes, o Brasil, o Pr�-Sal e a nossa Petrobras", afirma o manifesto.
O manifesto encerra defendendo que a investiga��o n�o inviabilize a Petrobras. "A investiga��o, o julgamento e a puni��o de corruptos e corruptores, doa a quem doer, n�o pode significar a paralisia da Petrobras e do setor mais din�mico da economia brasileira."
O discurso � parecido com a fala da presidente Dilma Rousseff que, recentemente, defendeu que sejam punidos os corruptos sem que se prejudique a empresa. "Eu n�o vou tratar a Petrobras como a Petrobras tendo praticado malfeitos. Quem praticou malfeitos foram funcion�rios da Petrobras, que v�o ter de pagar por isso", afirmou Dilma.
Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" noticiou que emiss�rios de empreiteiras procuraram o ex-presidente Lula preocupados com o colapso financeiro das empresas, que vivem dificuldades por conta da Lava Jato.
Outras figuras ligadas ao PT estar�o no ato de ter�a-feira. A fil�sofa Marilena Chaui, o escritor Fernando Morais, o presidente da CUT, Vagner Freitas, e o economista Luiz Gonzaga Beluzzo - que apoiou a candidatura de Dilma Rousseff - estar�o ao lado de Lula no Rio.