Bras�lia, 26 - Sob cr�ticas de colegas depois de ter seu nome ligado a doa��es de empreiteiras investigadas pela opera��o Lava Jato, o relator da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito da Petrobras, Luiz S�rgio (PT-RJ), defendeu nesta quinta-feira, 26, que a CPI investigue tamb�m a atua��o do ex-gerente executivo de Engenharia da estatal Pedro Barusco.
Barusco afirmou, em dela��o premiada, que o esquema de propinas da estatal come�ou com o primeiro contrato de navio-plataforma com a holandesa SBM Offshore, em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O delator admitiu que, naquela �poca, recebeu propinas mensalmente em valores variavam entre US$ 25 e US$ 50 mil, e que teria recebido um total de US$ 22 milh�es em propinas da empresa holandesa at� 2010.
"Ocorreram declara��es como a do Barusco, que fez a dela��o premiada, que diz e afirma que, muito antes do governo do presidente Lula, ele j� cometia esses delitos. Como ele est� no foco da investiga��o, seria de bom tamanho que ele pudesse, como ele � um delator, que ele pudesse explicar como se deu isso anterior ao governo atual", afirmou Luiz S�rgio, em entrevista ap�s a instala��o da CPI. O deputado ressalvou apenas que, "a din�mica do dia a dia da CPI" � que determinar� a real necessidade de investigar tamb�m o governo FHC.
A amplia��o do prazo da investiga��o ser� solicitada pelo PT. A CPI passar� a receber requerimentos dos membros da comiss�o e de seus partidos a partir de segunda-feira, 2.
Luiz S�rgio vai apresentar seu calend�rio de atua��o na CPI somente na pr�xima quinta-feira, 5, quando ocorrer� a pr�xima sess�o da comiss�o. Na primeira sess�o, ele e outros colegas foram colocados em suspei��o para atuar na CPI por terem recebido doa��es diretas e indiretas de empreiteiras investigas pela Opera��o Lava Jato, que apura o esquema de corrup��o na Petrobras.
O relator recebeu 39,6% da receita de sua campanha proveniente da doa��o dessas empresas, um total de R$ 962,5 mil de Queiroz Galv�o, OAS, Toyo Setal e UTC. Luiz S�rgio negou ter se encontrado com representantes dessas empresas para pedir doa��es e disse que o assunto � "p�gina virada". "O fato de ter recebido recursos legais, como manda a legisla��o, de empresas n�o me coloca na condi��o de advogados delas", afirmou.
O presidente da comiss�o, Hugo Motta (PMDB-PB), tamb�m recebeu doa��es de empresas investigadas. Foram R$ 451 mil da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, o que representa 61% de tudo o que recebeu.
A assessoria de Motta informou que as doa��es recebidas foram de forma indireta, por meio de repasses feitos pelo PMDB, e que ele n�o tem liga��o com a capta��o de recursos ou com representantes das empresas.