Lava jato pede acesso a 11 anos de e-mails de Cerver� na Petrobras

S�o Paulo e Curitiba, 26 - A for�a-tarefa da Lava Jato pediu � Justi�a Federal acesso a todos os e-mails do ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver�, inclusive correspond�ncias trocadas por ele no per�odo em que exerceu a fun��o e at� quando ocupava o cargo de diretor financeiro da BR Distribuidora, bra�o da estatal petrol�fera.

A solicita��o engloba desde 2003, quando Cerver� assumiu o comando da Internacional, at� 2014, quando ele foi demitido do posto na BR Distribuidora por suspeita de seu envolvimento nas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

Os procuradores federais que investigam malfeitos na Petrobras querem identificar com quem Cerver� mantinha contatos no �mbito da pr�pria estatal e de fora tamb�m. Eles buscam pistas de neg�cios suspeitos que o ex-diretor teria conduzido, por isso pretendem encontrar suas liga��es, inclusive com empreiteiros.

O pedido dos procuradores foi feito em um aditamento ao requerimento de bloqueio de bens do executivo, que foi acatado pelo juiz S�rgio Moro no dia 21 de janeiro. Na ocasi�o, o magistrado determinou que o ex-diretor tenha bloqueados ativos no valor de R$ 106 milh�es, correspondente � propina de US$ 40 milh�es que ele teria recebido na contrata��o de navios sondas.

Cerver� est� preso na Cust�dia da Pol�cia Federal desde janeiro de 2015. Ele j� � r�u em duas a��es penais, uma por corrup��o passiva, outra por lavagem de dinheiro.

No documento a for�a-tarefa pede tamb�m a quebra de sigilo da offshore Jolmey Sociedad An�nima e Jolmey do Brasil (subsidi�ria da empresa aberta no Pa�s) a partir de 7 de novembro de 2008, quando foi instalada a subsidi�ria brasileira da empresa.

Com parte da propina, segundo a Procuradoria da Rep�blica, ele adquiriu um apartamento no bairro de Ipanema, zona Sul do Rio, declaradamente por R$ 1,5 milh�o - o valor de mercado do im�vel bate em R$ 7,5 milh�es. A Justi�a j� decretou o sequestro do apartamento.

O advogado de Cerver�, Edson Ribeiro, nega que seu cliente tenha recebido propinas e nem lavado dinheiro il�cito. Para o defensor, o Supremo Tribunal Federal "vai anular toda a Opera��o Lava Jato".