Deputado Jer�nimo Goergen diz que vai interpelar Youssef por cit�-lo

Porto Alegre, 09 - O deputado federal Jer�nimo Goergen (PP-RS), que consta na lista de pol�ticos que ser�o investigados por suposto envolvimento na Opera��o Lava Jato, anunciou que ir� interpelar judicialmente o doleiro Alberto Youssef por t�-lo citado em dela��o premiada como um dos benefici�rios no esquema de corrup��o da Petrobras.

"N�o tenho outra alternativa que n�o seja recorrer � Justi�a para que ele prove o que disse", afirmou a jornalistas em Porto Alegre. De acordo com depoimento do doleiro, Goergen e outros deputados da bancada ga�cha do PP recebiam uma "mesada" que variava entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.

O parlamentar nega qualquer envolvimento com os delitos relacionados � Opera��o Lava Jato. "Espero que ele (Youssef) seja punido porque n�o vejo raz�o para meu nome aparecer na lista (da Procuradoria-geral da Rep�blica)", disse. Na entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, 9, Goergen revelou que "estranha" o fato de seu nome ter sido citado uma �nica vez na dela��o premiada, em fevereiro de 2015, justamente num momento em que fazia "alto enfrentamento" tanto � c�pula nacional do PP como ao governo federal.

"Quero saber se (a investiga��o) tem alguma motiva��o pol�tica", falou. O diret�rio estadual do PP n�o apoia a alian�a do partido com a administra��o de Dilma Rousseff (PT) e chegou a entrar na Justi�a no ano passado para tentar impedir o resultado da conven��o nacional, que chancelou a participa��o da sigla na coliga��o petista.

Goergen alega que o esquema denunciado por Youssef � anterior � sua chegada a Bras�lia, em 2011. "Ele (o doleiro) cita recursos que eram dados a parlamentares l�deres da bancada (que depois repassavam a 'mesada' a outros deputados) quando eu nem estava l�", conta.

O deputado se licenciou do diret�rio estadual do partido para se defender, porque n�o gostaria de prejudicar o PP/RS. Tamb�m abriu seus sigilos banc�rio e telef�nico e se colocou � disposi��o da CPI da Petrobras para esclarecimentos. Al�m de Goergen, outros cinco pol�ticos do PP/RS ser�o investigados - os deputados federais Luis Carlos Heinze, Jos� Ot�vio Germano, Afonso Hamm e Renato Molling e o ex-deputado federal Vilson Covatti.

Quando perguntado sobre a conduta dos colegas, Goergen disse que "n�o pode falar pelos outros" e limitou-se a afirmar que a bancada ga�cha do PP � "extremamente desunida". Sobre o PP nacional, Goergen n�o poupou cr�ticas. Disse que o envolvimento do partido com esquemas de corrup��o � conhecido desde o processo do mensal�o.

Segundo ele, a legenda utiliza "m�todos diferentes" h� bastante tempo. "Eu cobrava do meu partido que fizesse pol�tica, e a gente n�o tinha mais a condi��o de fazer (pol�tica)", falou ao explicar que chegou a pensar em deixar a legenda. "N�o h� d�vida de que o PP nacional acabou. Temos � que rever posi��o do PP/RS."