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Estado de Minas

PM convoca 15 mil para acompanhar protestos contra Dilma

Corpora��o vai usar o mesmo esquema adotado nas copas do Mundo e das Confedera��es para tentar evitar tumultos nas manifesta��es contra a presidente Dilma no domingo


postado em 11/03/2015 06:00 / atualizado em 11/03/2015 07:17

Petista teve que enfrentar gritos de
Petista teve que enfrentar gritos de "fora Dilma", ao participar de abertura de Sal�o da Constru��o Civil em S�o Paulo. Mesmo constrangida, convocou empres�rios a colaborar para combater a crise (foto: Clayton de Souza/Estad�o Conte�do)

N�o � apenas a presidente Dilma Rousseff e seus aliados que est�o preocupados com a dimens�o dos protestos marcados em todo pa�s para o pr�ximo domingo, 15 de mar�o. Em Minas Gerais, o servi�o de intelig�ncia da Pol�cia Militar (PM) est� vasculhando redes sociais para tra�ar estrat�gias de atua��o nas manifesta��es e usar� modelo semelhante ao esquema montado durante as copas do Mundo e das Confedera��es. A corpora��o j� convocou 15 mil homens para acompanhar os atos, que devem se alastrar pelo estado e contam com confirma��es em 12 cidades, al�m de Belo Horizonte. Insatisfeitos com a pol�tica nacional e inspirados nos caras pintadas de 1992, grupos prometem pintar o rosto com as cores da bandeira do Brasil e p�r a boca no trombone contra a corrup��o, o esc�ndalo na Petrobras e at� a favor do impeachment de Dilma.

Embora o foco seja os eventos do domingo, a opera��o da PM come�a na sexta-feira, quando est�o marcadas manifesta��es em apoio � presidente. Capitaneada pela Central �nica dos Trabalhadores (CUT), a mobiliza��o defende as conquistas sociais do governo do PT, mas pode n�o ocorrer. Ontem, o pr�prio governo pediu � Central que cancele o evento para evitar que ele estimule mais manifestantes a participar dos protestos no domingo.

Os eventos a favor e contra o governo aumentaram a aten��o da PM. “Vamos usar o efetivo da Regi�o Metropolitana de BH, que � de 15 mil homens. Contaremos com policiais das unidades administrativas e o refor�o da academia. O comandante tamb�m pode, caso ache necess�rio, transferir tropas do interior para a capital. Temos log�stica para isso”, afirma o major Gilmar Luciano, da assessoria de imprensa da PM. Somente na capital, seis aeronaves estar�o � disposi��o dos militares.

Amanh�, com a conclus�o da an�lise de conte�dos compartilhados em aplicativos de celular e redes sociais, a corpora��o anunciar� detalhes da opera��o. “Posso dizer que estamos preparados para qualquer tipo de situa��o”, afirma o major. Uma das orienta��es, anunciada na segunda-feira pelo prefeito de BH, Marcio Lacerda, � proibir o bloqueio total de ruas e avenidas pelos manifestantes, com objetivo de garantir o direito de ir e vir daqueles que n�o participar�o dos protestos.

Se depender da ades�o no Facebook a eventos marcados para o domingo, a PM ter� trabalho de sobra. Somente em Belo Horizonte, uma manifesta��o pelo impeachment de Dilma Rousseff, �s 10h, na Pra�a da Liberdade, conta com 26 mil presen�as confirmadas. Outro evento semelhante, �s 15h, tem 9,4 mil adeptos. Mas, na p�gina “Manifesta��o pelo Impeachment de Dilma Rousseff”, os organizadores avisam que o protesto � pac�fico e que n�o ir�o permitir o uso de camisas ou bandeiras de partidos pol�ticos. Tampouco os v�ndalos e black blocs, que ser�o, segundo eles, “entregues � pol�cia”.

Uma das organizadoras, a m�dica Fl�via Figueiredo, 42 anos, acredita que pelo menos 20 mil pessoas estar�o presentes na Pra�a da Liberdade. Apesar de estar no nome do evento, o afastamento da presidente n�o chega a ser um pleito. “Ningu�m quer que ela (Dilma) continue, mas o foco principal � a luta contra a corrup��o. O impeachment em si � um s�mbolo para mostrar que estamos insatisfeitos com o que est� ocorrendo no Brasil”, explica.

Interior

A onda de protestos est� se espalhando pelo interior: j� h� manifesta��es marcadas em 12 munic�pios, al�m da capital – Betim, Curvelo, Divin�polis, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Pouso Alegre, Sete Lagoas, Uberl�ndia, Uberaba e at� na pequena Bras�lia de Minas, Regi�o Norte. Insatisfeitos com o arrocho da economia, o aumento do pre�o da gasolina e a corrup��o na Petrobras, a maior parte dos participantes, que se anuncia como apartid�ria, pede o impeachment da presidente. A convoca��o � para que, assim como em 1992, no afastamento do ent�o presidente Fernando Collor de Mello, manifestantes compare�am com caras pintadas e vestidos com as cores da bandeira do Brasil.

Em Montes Claros, no Norte de Minas, a concentra��o est� marcada para �s 11h30, na Avenida Deputado Esteves Rodrigues (Sanit�ria), na regi�o Central. Tamb�m est� sendo organizada uma carreata com sa�da, �s 9h, da Pra�a dos Jatob�s. Embora se apresente como movimento pr�-impeachment, nem todos os participantes concordam com esse objetivo.“Vou participar do protesto, mas n�o para pedir impeachment. Vejo isso como forma de manifestar a nossa insatisfa��o e denunciar uma situa��o de corrup��o, in�rcia e incompet�ncia. Esta � uma maneira democr�tica de se manifestar. N�o tem nada a ver com derrubar governo”, afirma o servidor p�blico Valeriano Lopes Braga.

Em Ipatinga, no Vale do A�o, o ato, marcado para o dia 15, �s 9h30 em frente � prefeitura, conta com 2,1 mil ades�es. Na p�gina do evento no Facebook, os organizadores afirmam que “a cada dia fica mais clara a culpa (por omiss�o ou neglig�ncia) da presidente Dilma nos bilion�rios esc�ndalos de corrup��o envolvendo a Petrobras”. J� em Sete Lagoas, na Regi�o Central, 1,2 mil pessoas confirmaram presen�a em manifesta��o na Pra�a da Feirinha, na Orla Lagoa Paulino, �s 16h. Mais cedo, �s 8h, um grupo combinou de seguir em carreata para participar dos eventos em Belo Horizonte.

Idealizador do movimento “Queromedefender”, que tem 276 mil seguidores no Facebook, o advogado Cl�udio Camargo Penteado, um dos organizadores das manifesta��es de domingo, afirma estar surpreso com o crescimento do movimento. “As redes sociais s�o impressionantes, atingem pessoas n�o somente nas grandes capitais, mas em locais muito distantes”, afirma Penteado, que n�o defende o impeachment, mas vai para as ruas protestar contra a impunidade e a corrup��o. (Com Isabella Souto, Juliana Cipriani e Luiz Ribeiro)


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