A�cio diz que n�o ir� � manifesta��o 'para n�o dar ideia de 3� turno'

S�o Paulo, 11 - O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), disse ao Programa 'Os Pingos nos Is', da r�dio Jovem Pan, que n�o dever� participar dos protestos marcados para este domingo, 15, e que ter�o como mote principal a defesa do impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), porque essa � uma manifesta��o da sociedade apartid�ria e ele n�o quer dar margem aos que acusam seu partido de estar querendo realizar uma esp�cie de terceiro turno da elei��o presidencial. "N�o colocarei azeitona nessa empada de que essas manifesta��es significam a tentativa de um terceiro turno", disse o senador.

Segundo A�cio, a manifesta��o do dia 15 � espont�nea, foi convocada pelas redes sociais e n�o tem, "como diz o PT", a coordena��o de nenhum partido. E criticou o partido da presidente da Rep�blica. "O problema � que o PT n�o tem a capacidade de compreender o que ocorre hoje no Brasil, com manifesta��es surgindo de forma espont�nea em v�rios setores da sociedade, com bandeiras m�ltiplas. E � natural que os partidos participem dessas manifesta��es porque precisamos acabar com essa bobagem de que s� o PT � quem pode decidir sobre o que a sociedade brasileira pode se manifestar."

Na entrevista � r�dio, A�cio disse que lideran�as de seu partido ir�o participar do ato do dia 15. "A presen�a de parlamentares e lideran�as do PSDB mostrar� nosso apoio e indigna��o ao que est� acontecendo no Brasil. Mas � preciso deixar claro que esta � uma manifesta��o espont�nea dos cidad�os indignados. Quanto mais tiver a cara da sociedade apartid�ria, mais leg�timo ser�."

Apesar de dizer que n�o pretende participar do ato deste domingo, o presidente do PSDB ponderou: "Como sou um cara de rompantes, quem saiba eu n�o resisto (e decida ir) na �ltima hora."

Impeachment

Questionado sobre se o seu partido defende ou n�o o impeachment de Dilma, A�cio disse que essa n�o � uma palavra proibida, mas desde que adquiridas as condi��es pol�ticas e jur�dicas para a sua vota��o. "Se forem criadas essas condi��es, vamos discutir com serenidade e responsabilidade", destacou. "Essa manifesta��o (dia 15) ter� pessoas que querem o afastamento da presidente", disse, argumentando que o componente de ordem pol�tica vem crescendo no Brasil, justamente pelo descompasso do que a sociedade deseja com as a��es adotadas pelo governo.

No final da entrevista, ele disse que "o desespero do governo (Dilma) � t�o grande que convoca pessoas pra irem �s ruas (em sua defesa)". E lembrou do ocorrido no governo Collor, quando ele convocou as pessoas para defender sua gest�o e elas foram �s ruas pedir o seu impeachment. E disse que "custa a crer" que a CUT ter� condi��es de ir para as ruas defender uma pauta de supress�o dos direitos trabalhistas, contidas no pacote fiscal do governo. E disse que essa poder� ser mais uma manifesta��o contr�ria ao governo Dilma.