Bras�lia, 12 - Inclu�do na rela��o dos pol�ticos sobre os quais dever� ser aberta investiga��o, por suspeita de envolvimento em irregularidades na Petrobras, o senador Edison Lob�o (PMDB-MA) subiu � tribuna do Senado para dizer que vai provar que sua vida "n�o tem m�cula". O nome dele foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa na dela��o premiada � Justi�a como tendo recebido propina para repassar � campanha da governadora Roseana Sarney, em 2006. Lob�o foi indicado ontem pelo PMDB para presidir a Comiss�o de Assuntos Sociais (CAS).
"Minha dignidade jamais foi posta � prova. Tenho uma vida sem manchas, sem n�doas, sem m�culas. Esse � meu patrim�nio. � em nome dele que repudio toda a tentativa de envolver meu nome no esc�ndalo de corrup��o que abala a nossa maior empresa, a Petrobras", disse Lob�o. "Sem nenhuma prova, com base em depoimentos de dela��o premiada, fui inclu�do na lista dos que teriam praticado alguma coisa contra a empresa. H� tr�s meses, o meu nome j� estava exposto nos meios de comunica��o, em uma condena��o antecipada", afirmou Lob�o.
"Nunca integrei o Conselho de Administra��o da Petrobras. Minha atua��o como ministro foi a definida pelo Conselho Nacional de Pol�ticas Energ�ticas. N�o tomei parte na escolha de nenhum dos integrantes da diretoria da Petrobras", disse Lob�o, em sua defesa. "� mentira que em 2006 eu apoiei a indica��o do Paulo Roberto Costa. Eu nem sequer era filiado ao PMDB (Ele era do PFL)."
Lob�o disse que, ao contr�rio do que afirmou Paulo Roberto Costa, ele nunca fez pedido de dinheiro para a campanha de Roseana. "O pr�prio Alberto Yousseff (doleiro que tamb�m est� fazendo dela��o premiada) informa que nem sequer me conhece e que jamais falou comigo."
"Homens como eu est�o sendo injustamente acusados. Vou me submeter a um injusto e degradante processo. Estranho e kafkiano processo. Nada tenho a esconder ou temer. Tenho a consci�ncia limpa. Tenho certeza de que tudo se esclarecer�. Jamais pratiquei um ato do qual pudesse me envergonhar. Jamais tomei uma decis�o no Minist�rio sem consultar os t�cnicos, que s�o os mais qualificados. Vou provar a inconsist�ncia e improced�ncia desse processo."