Bras�lia, 13 - A defesa da ex-governadora do Maranh�o Roseana Sarney (PMDB -MA) e do senador Edison Lob�o (PMDB-MA) entrou nesta quinta-feira com dois pedidos de arquivamento de inqu�ritos contra os peemedebistas, abertos pelo ministro Teori Zavascki na �ltima sexta-feira, no �mbito das investiga��es da Opera��o Lava Jato. O advogado Ant�nio Carlos Almeida Castro, o Kakay, argumenta que houve "duas medidas para uma mesma r�gua" em alguns casos. Roseana � investigada por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, crimes pelos quais Lob�o tamb�m � investigado, al�m da suspeita de ter participado de organiza��o criminosa.
Nas peti��es, a defesa argumenta que os pedidos de abertura de inqu�rito se basearam em depoimentos "contradit�rios". Kakay compara trechos das dela��es do ex-diretor de Abastecimento da Petrobr�s Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef para dizer que um nega a informa��o que � apresentada pelo outro. Segundo o advogado, a decis�o foi tomada de forma "enviesada", alegando que o Minist�rio P�blico construiu as pe�as apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) "com vontade de abrir um inqu�rito".
Ao falar em "duas medidas para uma mesma r�gua" Kakay compara o caso do pedido de investiga��o de Roseana e de Lob�o com a pe�a em que s�o citados o ex-ministro Ant�nio Palocci e a presidente Dilma Rousseff. Ele diz que a situa��o de Lob�o � muito parecida com a de Palocci e a de Dilma, com Roseana, mas que foram feitos pedidos distintos para um mesmo caso. A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) encaminhou a cita��o de Palocci � 1a inst�ncia em que ele supostamente pediu recursos para a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010. A procuradoria n�o se manifestou sobre o caso da presidente alegando o artigo 86 da Constitui��o, que veda investiga��o do presidente da Rep�blica em casos que tenham ocorrido anteriormente ao mandato.
Outro argumento usado pela defesa � de que uma informa��o apresentada por Costa � negada por Youssef. Kakay relata que o doleiro n�o confirma ter entregue R$ 2 milh�es � campanha de Roseana Sarney ao governo do Maranh�o, em 2010, a pedido de Lob�o, informa��o que foi apresentada por Costa em seu depoimento. "A mentira do Paulo Roberto � evidente", comenta. "O caso em tela obriga ao arquivamento da investiga��o em rela��o � recorrente, sendo temer�ria a instaura��o de inqu�rito fundado em depoimentos contradit�rios, bem como em conjecturas e informa��es parcas, duvidosas e superficiais prestadas em dela��o premiada", argumenta Kakay.