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Estado de Minas

Protestos nas ruas em todo pa�s t�m reivindica��es diversas

BH reuniu grupos com pedidos distintos, do 'fora Dilma' ao retorno dos militares ao poder


postado em 16/03/2015 06:00 / atualizado em 16/03/2015 08:03

 

Muitas famílias, grupos de amigos, entidades de classe e servidores públicos de todos os poderes marcaram presença durante o dia na Praça da Liberdade com reividincações contra atos de corrupção e o governo federal(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Muitas fam�lias, grupos de amigos, entidades de classe e servidores p�blicos de todos os poderes marcaram presen�a durante o dia na Pra�a da Liberdade com reividinca��es contra atos de corrup��o e o governo federal (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Uns gritavam “fora Dilma”, outros pediam o fim da corrup��o e havia at� defensores da volta dos militares ao poder. Mas tinha tamb�m protesto contra o desemprego e a alta dos impostos, a favor de reformas pol�ticas, clamor pelo fim da impunidade e gente ansiosa para ver “democracia com m�o de ferro”. A Pra�a da Liberdade, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, transformou-se, na manh� e tarde desse domingo (15), em gigantesca tribuna popular contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Houve espa�o para in�meros grupos segurarem seus cartazes, bradar palavras de ordem, vestir camisas com frases criativas – e muitas vezes ofensivas –, enfim, fazer do domingo sem chuva um palco de cr�ticas e reivindica��es.

“Estou desempregada depois de trabalhar 10 anos numa empresa de moda. Estou aqui pois precisamos de respeito e dignidade”, afirmou Patr�cia Reis, moradora do Bairro Estoril, na Regi�o Oeste, ao lado da amiga Marilene Dumont, empres�ria. As duas vestiam camisetas de paet�s com a bandeira do Brasil. “Comprei para a Copa, fui votar com ela e fiz quest�o de vesti-la hoje”, disse Patr�cia, mostrando indigna��o ao batucar em duas panelas.

Um grupo de 270 pessoas, trajando camisa com a palavra “Basta” escrita em preto sob a palma da m�o suja na mesma cor, chamava a aten��o na Alameda Travessia. “Somos a favor de mudan�as, contra a corrup��o na Petrobras”, disse o engenheiro Tadeu Arouca, morador do Condom�nio Vila del Rey. Ao lado, o industrial Agripa Cat�o acrescentou que � importante lutar pelo bem do Brasil. “Come�amos este caminho por aqui. � preciso que surjam novas lideran�as, algo novo, que n�o sejam pol�ticos profissionais. Veja s�, n�o h� bandeiras de partido na pra�a!”, comentou Agripa.

“As institui��es p�blicas est�o falidas, h� corporativismo excessivo. � preciso acabar com o foro privilegiado, esse estado de coisas no Brasil”, criticou o administrador Alberto Lansky num grupo com as amigas J�nia Lanna, dona de casa, e Laura Werneck, estudante de qu�mica. “Desde 2011, comemoramos o Dia do Basta � Corrup��o. Mas isso deve ser todo dia”, afirmou o administrador.

Quem tamb�m quer dar um basta e tirar o PT dos Correios s�o os cerca de 140 integrantes da associa��o dos profissionais da categoria (Adcap). Eles foram � pra�a carregando o cartaz “SOS Postalis” e denunciaram suposto rombo de R$ 5,6 bilh�es no fundo de pens�o, que, segundo dizem, vai lhes obrigar a pagar mais 15 anos de contribui��es. “Correios � a Petrobras em miniatura”, afirmou o presidente nacional da Adcap, Luiz Alberto Barreto.

J� em frente ao chamado Pr�dio Verde, a ser ocupado ainda este ano pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico (Iepha-MG), quatro jovens transportavam uma bandeira de 16 metros quadrados com o rosto da presidente Dilma e a frase Impeachment j�. Mobilize sua cidade. Um dos rapazes da “turma de amigos” n�o quis dizer o nome, limitando-se a informar que mora no Bairro Fern�o Dias, na Regi�o Nordeste da capital. “Por que queremos tirar a presidente? Ah... pela corrup��o no pa�s, n�?” N�o muito longe, integrantes de um grupo com a camisa “A culpa n�o � minha. Eu votei no A�cio” sorria: “A camisa j� diz tudo”. Sereno, o contador Jos� de Salles resumiu sua participa��o numa frase: “Vim aqui para exercer minha cidadania”. E a turma n�o era pequena.

MILITARES Perto da alameda, um cartaz pedia: “Senhores generais, 31 de mar�o est� pr�ximo. Vamos repetir 1964. Democracia com m�o de ferro. Direito humanos para humanos direitos.” Os respons�veis formavam um grupo de camisas pretas da Loja Ma��nica �guia de Haia, de BH. O corretor de seguros Eudes Otaviano estava com a mulher, Regina, e o neto Lucas, de 11 anos, e disse que o cartaz n�o era exatamente a favor do regime militar, mas um alerta: “Se os generais n�o tomarem provid�ncias, a coisa vai ficar feia”, disse. Mas o representante comercial Ad�lzio Hempfling se mostrou favor�vel ao retorno e ressaltou que “a impunidade acaba com o Brasil”. E mais: “Antes a gente podia andar tranquilo nas ruas, hoje n�o pode mais”.

Rostos pintados tamb�m deram as caras na multid�o. Acompanhadas dos pais, as g�meas Eduarda e Estafane Leite, de 14 anos, e a amiga Alice Braga, de 15, residentes em Contagem, na Grande BH. “Ainda n�o somos eleitoras, mas somos cidad�s”, disse Eduarda. “� bom participar, pois come�am a exercer a cidadania”, disse o pai das g�meas, o engenheiro de telecomunica��es Rodrigo Leite, com a mulher, Simone, decoradora.


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