S�o Paulo, 16 - O Procurador-Geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, 16, em cerim�nia na capital paulista que os procuradores se protegem no profissionalismo. "O que nos protege � justamente simplesmente sermos Minist�rio P�blico, de forma reta, clara, transparente. Isso profissionaliza nossa atua��o e nos protege 'de qualquer outro tipo de interpreta��o'", afirmou Janot ao discursar sobre como as esferas do Minist�rio P�blico podem ajudar o Estado.
Janot falou por menos de cinco minutos, assinou protocolos e saiu rapidamente do audit�rio no Minist�rio P�blico de S�o Paulo, evitando a imprensa. Ele n�o citou nenhuma vez a opera��o Lava Jato. Disse apenas que o Minist�rio P�blico passa por um momento rico, por "diversos motivos".
O procurador-geral pode ser reconduzido ao cargo em setembro, para mais dois anos � frente da PGR - recondu��o essa que depende do aval de senadores. Janot, contudo, tem sido alvo de cr�ticas abertas e nos bastidores por parlamentares, especialmente do PMDB. O partido se ressente da abertura de inqu�rito contra os presidentes peemedebistas da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL).
Janot assinou com M�rcio Elias Rosa, procurador de Justi�a do Estado de S�o Paulo, acordos de coopera��o de bases de dados e para coibir o uso de explosivos e o uso de armas com numera��o raspada - o que facilita o contrabando de armamentos. "� chegado o momento de o Minist�rio P�blico, al�m de sua atividade pr�pria, come�ar a usar a expertise que adquire na atividade do dia a dia para contribuir, para sugerir aos �rg�os do Estado medidas que possam auxiliar seja na seguran�a p�blica, seja no combate � corrup��o", afirmou.
Janot ouviu um elogio de Elias Rosa, que falou antes dele, sobre sua atua��o na Lava Jato. O procurador paulista disse a Janot que o MP-SP apoia seu trabalho e que as suas iniciativas est�o elevando "o patamar �tico" do Estado brasileiro.